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29 de dezembro de 2009

Lição 01 - A Defesa do Apostolado de Paulo

TEXTO AUREO:
"Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo" (2Co 1.5). Não que possamos acrescentar qualquer coisa aos sofrimentos de Cristo por nós (Is 53.11; Jo 19.30; Hb 9.26-28), mas é que Deus nos chamou para sofrer por Cristo e, assim, seguirmos nos passos de Cristo (Rm 8.17). Visto que estamos unidos ao Seu Corpo, tanto nossos sofrimentos pelo evangelho como o conforto que Deus nos provê em Cristo, resultam da nossa participação nele (Fp 3.10, 11). Nessa perícope, Paulo nos dá a entender uma característica constante de seu ensino. As experiencias-chaves de Cristo, especialmente seu sofrimento, sua morte e sua ressurreição, servem de padrão mediante o qual nós poderemos entender nossos próprios sofrimentos e nosso triunfo final.

VERDADE PRATICA:
Apesar dos dissabores e angústias de nossa jornada cristã, jamais nos faltará a consoladora presença do espírito Santo.

OBJETIVOS:
- Descrever
o contexto histórico e cultural da cidade de Corinto;
- Explicar os três objetivos da segunda carta de Paulo aos coríntios;
- Mencionar as três lições aprendidas com Paulo nesta carta.

Palavra Chave: Consolar: (latim consolor, -ari, tranquilizar, reconfortar, aliviar, encorajar) Aliviar a pena, o sofrer de; confortar; Dar ou sentir prazer, satisfação; Conformar-se, resignar-se.

INTRODUÇÃO
Fomos grandemente abençoados com este último trimestre onde aprendemos com Davi como ser um homem/mulher segundo o coração de Deus, não será diferente neste primeiro trimestre de 2010 com o estudo da segunda carta de Paulo aos coríntios onde no final, cresceremos com as experiencias-chaves de Cristo, especialmente seu sofrimento, sua morte e sua ressurreição; veremos que servem de padrão mediante o qual nós poderemos entender nossos próprios sofrimentos e nosso triunfo final. Esta carta é uma carta pessoal, repleta de expressões de emoção profunda. Como tal, nos proporciona uma visão extraordinária do ministério do evangelho apresentado por Paulo. Entre os temas de apoio, temos a natureza imaculada da conduta de Paulo, seu sofrimento freqüente pela igreja e pela glória de Deus, seu grande amor por todas as igrejas, especialmente pela de Corinto, sua autoridade apostólica para edificá-la e eliminar qualquer oposição, e a ênfase freqüente de que o julgamento de Paulo não é de acordo com os padrões do mundo, mas de acordo com o reino espiritual invisível conhecido aos olhos da fé (1.12). Outras ênfases distintivas são a glória do ministério da nova aliança (Cap 3) e os princípios de mordomia cristã (Cap 8 a 9).

1. A CIDADE DE CORINTO
1. Uma metropole estratégica do século I d.C.: -
A cidade surgiu na Era Neolítica, aproximadamente em 6.000 a.C. De acordo com o mito, foi fundada por Corintos um descendente de Hélios, deus do Sol. Outras versões sugerem que a cidade foi fundadada pela deusa Éfira (antigo nome da cidade), uma filha do titã Oceano.
Corinto foi uma das mais florescentes cidades gregas da antigüidade clássica, tendo sido autônoma e soberana durante o período arcaico da história da Grécia. Desde aqueles tempos, Corinto experimentou um notável desenvolvimento comercial devido à sua localização, o que trouxe benefícios sobre as artes (os seus famosos vasos de cerâmica) e a cultura de um modo geral, bem como a acumulação de riquezas pela aristocracia
local.


2. Uma cidade histórica e libertina: - Contudo, no final dessa fase áurea, a pólis foi governada por um tirano denominado Cípselo, provavelmente entre 657 a.C. e 625 a.C., quando iniciou-se um curto período de expansionismo em que foram fundadas colônias no noroeste da Grécia.
Após anos de guerras de resistência ao domínio persa e de lutas entre os gregos pela hegemonia na península, quando chegou a ser rival de Atenas e de Esparta, Corinto, tal como as demais cidades independentes da Grécia, veio a fazer parte do Império Macedônio de Alexandre, o Grande, perdendo assim parte da autonomia plena antes existente. Desde 27 a.C., esta cidade tinha sido a capital da província romana da Acaia. Ficava a 80 Km a sudoeste de Atenas, no ístimo que liga a Ática ao Poloponeso. Não obstante sua grandeza e prosperidade nos séculos VIII ao VI a.C., declinou e foi capturada em 338 a.C. por Felipe II da Macedônia. Vencendo Filipe V da Macedônia, em 197 a.C., na Batalha de Cinoscéfalos o cônsul romano Titus Quinctius Flaminius, a princípio, declarou o respeito de Roma pela autonomia das cidades gregas, o que ocorreu nos Jogos Ístmicos, realizados no istmo de Corinto em 196 a.C.. Todavia, as guarnições romanas ainda se mantiveram presentes na cidade. Foi saqueada por Roma em punição a uma revolta em 146 a.C., mas foi restaurada por Julio Cesar como colônia em 44 a.C. Nos tempos de Paulo, Corinto tinha uma população de mais de 200.000 habitantes, incluindo gregos, ex-escravos da Itália, veteranos do exército romano, empresários, oficiais do governo, gente do oriente próximo, uma grande colônia judaica e muitos escravos. Nesse universo multicultural e multirracial, a idolatria era gigantesca, completamente pagã e imoral. Possuía muitos templos e, na parte sul, havia uma alta acrópole com um templo dedicado à Afrodite. A partir do século V a.C., a expressão “corintianizar” tornou-se sinônimo de ser sexualmente depravado. Sua posição geográfica privilegiada e seus dois portos marítimos favoreceram o enriquecimento à custa dos impostos cobrados pela movimentação de mercadorias. Além da importância comercial, Corinto era reconhecida também pelos jogos realizados a cada dois anos e que atraiam muitas pessoas.

3. Local da carta: - A igreja de Corinto foi iniciada por Paulo em torno do ano 50 d.C., durante a sua segunda viagem missionária, que durou em torno de dezoito meses, mais tarde, já em Éfeso, Paulo recebe relatórios preocupantes sobre a imoralidade sexual existente entre os crentes daquela igreja, em resposta, ele escreve uma carta, a qual não foi achada (1Co 5.9-11). Paulo escreve então, a carta que hoje conhecemos por 1ª Corintios por volta do ano 56 d.C.; A carta em estudo, que hoje conhecemos por 2ª Corintios, foi escrita de algum lugar da Macedonia (2Co 2.13) durante a terceira viagem missionária, talvez em Filipos ou Tessalonica.
Esta carta foi uma resposta ao antagonismo que havia se levantado contra a autoridade apostólica do doutor dos gentios.

II. OBJETIVOS Da CARTA
1. Autoria e características da carta; -
Paulo descreve a si mesmo como “um apóstolo”, mas não aos seus companheiros. Pelos textos do NT entendemos que um apóstolo era uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo (At 1.22; 1Co 15.8), que fora pessoalmente nomeado por Cristo (Mt 10.1-7; At 1.24-26; Gl 1.1) para governar a igreja primitiva e para ensinar ou escrever com autoridade. A segunda epístola é a mais íntima e pessoal de todas as epístolas que Paulo escreveu, sendo também a que contém o maior mterial de referencia bibliográfica. Inicialmente Paulo escreve de forma carinhosa e delicada, mas em seguida, a carta ganha um tom bastante severo. Alguns estudiosos tem sugerido que a segunda parte de 2º Corintios era parte da “carta do choro”.
2. A carta tem um caráter pessoal: - Esta carta possui uma marca muito pessoal, é chamada de a “a Carta contristada” ou “Carta dolorosa”. O tom dos primeiros sete capítulos é carinhoso, mas do oitavo em diante Paulo é enfático e severo ao corrigir aquela jovem igreja dos erros que estavam sendo cometidos quanto à doutrina bem como, quanto à própria pessoa de Paulo. Ele precisava confrontar os coríntios diretamente para conquistá-los a uma devoção singular a Cristo. Não é de admirar que ele tenha colocado suas observações mais severas no final da epístola.
3. A exposição do ministério e apostolado paulinos e a coleta para os necessitados: - Paulo enviara Timoteo a Corinto para levar a primeira Carta e regularizar as situações adversas na igreja daquela cidade (1Co. 4.17). Como a viagem de Timóteo não surtiu o efeito desejado, o próprio Apóstolo se encarrega de fazer uma viagem para Corinto (2Co. 12.14; 13.1). Mesmo assim, o resultado da viagem não foi satisfatório (2Co. 2.5; 7.12). Ao invés de chegar a um consenso em relação aos problemas da igreja, Paulo é rejeitado por alguns crentes de Corinto. Tais pessoas acusam-no de leviandade (2Co. 1.15), de não ter carta de recomendação (2Co. 3.1), de dar motivo de escândalo (2Co. 5.11; 6.3-4); de se beneficiar pessoalmente das ofertas (2Co. 7.2; 12.16), de usar sua oratória em benefício pessoal (2Co. 10.10; 11.6), questionam especificamente o apostolado de Paulo. Esse é justamente o objetivo de Paulo nessa Epístola: a defesa do seu apostolado. O versículo-chave que expressa esse intento se encontra em 2Co. 4.7: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus Cristo”. Essa Carta provavelmente foi levada por Tito (II Co. 8.16), o qual deveria também ajudar a igreja a coletar uma oferta para os irmãos necessitados de Jerusalém. Essa Epístola, escrita provavelmente no ano 56 d. C., da Macedônia, está assim dividida: 1) Saudação e ação de graça (1.1-11); 2) A defesa de Paulo em sua relação com o evangelho (1.12-7.16); 3) A contribuição para os crentes necessitados de Jerusalém (8,9); e 4) Os detratores de Paulo na igreja de Corinto (10.1-13.10). A palavra-chave da Epístola é “consolo”, pois começa (II Co. 1.3) e com ela (II Co. 13.11). O verbo “consolar” – parakaleo - em grego, aparece dezoito vezes e o substantivo – paraklesis - “consolação”, onze vezes. No primeiro capítulo de 2Co, vv. 12 a 14, o apóstolo Paulo declara a sua própria integridade e a de seus companheiros de labor. Mesmo como pecador, ele somente podia regozijar-se e gloriar-se em ser realmente aquilo que professava. A consciência testifica acerca do curso e do teor que fazem parte da vida. Por isso podemos nos julgar, e não por este ou aquele ato isolado. Nossa conversão será bem ordenada, se vivermos e atuarmos sob o princípio da graça no coração. Tendo isto, podemos deixar o nosso caráter nas mãos do Senhor, mas usando os meios apropriados para demonstrá-lo, quando o mérito do evangelho ou nossa utilidade assim o exigir.

III. AS LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM PAULO
1. Amar sem ser conivente com o erro: -
As aflições nos ensinam a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus; Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. Enquanto os cristãos devem conviver livremente com todas as pessoas de fora da igreja, sua comunhão dentro da igeja deve restringir-se somente àqueles compromissados com a santidade. Os que insistem no pecado – não os que estão lutando para superá-lo – não pertencem à comunidade (1Co 5.6). Embora amasse aquela igreja, seu conselho é enfático e severo. Como agiremos nós em nossa comunidade?

2. Ser obreiro é estar disposto a sofrer perseguições internas: - “Todas as coisas me são licitas” era o jargão teológico repetido pelos que na igreja de Corinto tentavam justificar seu comportamento alheio ao evangelho. Ao afirmar a verdadeira doutrina de liberdade cristã, Paulo enfrenta oposição. Eles se diziam espirituais, mas Paulo os confrontou lembrando-lhes que a verdadeira espiritualidade não consiste em confessar da boca prá fora, mas no controle verdadeiro do Espírito Santo na vida do individuo. Muitos rejeitaram não só este ensino, mas a própria autoridade de Paulo; é nessa ocasião que Paulo, o líder-servidor, nos dá uma lição: Ele deixou o julgamento dos motivos e pensamentos de outros completamente nas mãos de Deus. Ele afirmou sua própria indiferença quanto aos julgamentos dos coríntios sobre ele. Não teve medo do julgamento que outros fizeram sobre ele e recusou-se a julgar a si mesmo (1Co 4.3); “Deus é o Juiz” é a sua declaração. Nós não estaremos livres de enfrentar perseguições, mesmo daqueles que estão dentro da igreja, todavia, “Deus é o Juiz”!

3. Paulo não tomou todos por alguns: - Certamente naquela igreja havia um remanescente fiel e o apóstolo sabia disso. Apesar dos males diversos causados ao apóstolo, ele não desistiu daquelas ovelhas, e como pastor espiritual daquele rebanho, estava pronto a defender os fiéis e repelir os lobos predadores.

CONCLUSÃO:
Sofrer pela causa do Senhor, esta é a grande lição que tiramos desta Epístola. Provavelmente a Segunda Epístola aos Coríntios foi escrita cerca de um ano depois da Primeira. Seu conteúdo está intimamente relacionado com o da primeira epístola. Aqui comenta-se particularmente a maneira como foi recebida a carta que Paulo escrevera anteriormente. Muitos mostraram sinais de arrependimento e correção em sua conduta, mas outros ainda seguiam aos seus falsos mestres. Nesta epístola encontramos o mesmo afeto ardente de Paulo pelos filhos espirituais de Corinto; o mesmo zelo pela honra do evangelho e a mesma ousadia para a repreensão cristã. Não estamos livres de enfrentarmos oposições na vida cristã e no trabalho do Senhor, nem de passar por dissabores, angustias e perseguições provocadas por certos maus elementos dentra da igreja e que, apesar das dificuldades, devemos estar sempre prontos para defender os fiéis.

APLICAÇÃO PESSOAL
Comforme proposto no texto aureo: "Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo" (2Co 1.5), não acrescentaremos qualquer coisa aos sofrimentos de Cristo por nós, mas o Senhor nos chamou para sofrermos por Cristo e, assim, seguirmos nos passos d’Ele (Rm 8.17). Visto que estamos unidos ao Seu Corpo, tanto nossos sofrimentos pelo evangelho como o conforto que Deus nos provê em Cristo, resultam da nossa participação nele (Fp 3.10, 11). As experiencias-chaves de Cristo, especialmente seu sofrimento, sua morte e sua ressurreição, servem de padrão mediante o qual nós poderemos entender nossos próprios sofrimentos e nosso triunfo final; apesar dos dissabores e angústias de nossa jornada cristã, jamais nos faltará a consoladora presença do espírito Santo.
Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação àquela igreja, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. O momento para estudarmos esta lição não poderia ser mais propício, tendo em vista os desvios que encontramos hoje na igreja evangélica brasileira e consequentemente, em nossa querida Assembléia de Deus. Querido irmão, é nossa obrigação, no cargo que nos foi comissionado, orientar os fiéis quanto o verdadeiro evangelho e orarmos para que essas lições sirvam de bússula para rumar a igreja do Senhor nestes últimos dias.


N'Ele, nosso Juiz,


Francisco de Assis Barbosa (assis.barbosa@bol.com.br)




BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD
Comentário Bíblico Matthew Henri, p.968. Rio de Janeiro: CPAD.
HORTON, S. M. I e II Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corinto

21 de dezembro de 2009

Lição 13 - Davi - Um Homem Segundo o Coração de Deus




TEXTO ÁUREO

"E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade" (At 13.22) - Segundo a minha escolha para governar o reino segundo a minha vontade (1Sm 13.14), Davi conduziu seu governo de acordo com a Lei, não permitindo a prostituição espiritual da nação nem transformando seu reino num poder ditatorial. Era característica sua buscar sempre a orientação do senhor em todos os assuntos de governo - assim entendemos que 'conforme o meu coração' refere-se à vida pública e não privada daquele rei.

VERDADE PRÁTICA

Fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.

INTERAÇÃO

Amado leitor, com essa lição findamos o último trimestre de 2009 e pela misericordia do Senhor, pudemos acompanhar como que assistindo a um filme, a trajetória de vida de um homem que soube, ao longo de sua caminhada, levantar-se e seguir em frente. Fomos edificados, exortados e consolados através do exemplo de vida do "homem segundo o coração de Deus". Da mesma maneira que acontece conosco hoje, o personagem central da lição começou bem a sua carreira, teve alguns tropeços, no entanto, buscou a Deus, colocou-se de pé novamente e terminou os seus dias bem, na presença do Pai. A grande moral dessa história nos ensina que fazer a vontade de Deus é o segredo para se ter uma vida bem-sucedida. A Palavra de Deus diz que "Davi dormiu com seus pais e foi sepultado na Cidade de Davi" (1 Rs 2.10). Reconhecer nossos erros, arrepender-se deles e confessá-los é o caminho para cumprirmos bem nossa missão existencial. Vamos no exemplo de Davi, até alcançarmos a medida de varão perfeito, à estatura de Cristo!

OBJETIVOS

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
- Conscientizar-se que fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.
- Compreender que Davi foi um homem segundo o coração de Deus, mas isso não significa que fosse isento de falhas.
- Descrever as características de Davi que tanto agradaram ao Senhor.


Palavra Chave: Servo - (latim servus, -i, escravo) Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens; Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo (criado, servente, serviçal); Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente; Aquele que não tem direitos, ou não dispõe de sua pessoa e bens.

INTRODUÇÃO
Aprendemos no decorrer deste trimstre que Davi foi um verdadeiro líder e isso fica comprovado pelas diversas vezes que esse homem é tomado como paradigma para outros reis no decorrer do texto . Constantemente, encontramos expressões que classificam os reis como os que governaram bem porque andaram no "caminho de Davi" (2 Rs 22.2); e os que governaram mal, pois não fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, "como Davi" (2 Cr 28.1). O que o distinguiu dos demais monarcas a ponto de sua vida servir de referencial para avaliar todos quantos vieram depois dele? Muitos dos traços desse homem podem ser inferidos no texto sagrado e imitados por nós hoje, a fim de que possamos também, à seu exemplo, alcançarmos testemunho do próprio Deus: 'achei um homem segundo o meu coração'.


I. UM HOMEM PRONTO PARA SERVIR (AT 13.36)
1. Davi serviu voluntariamente a sua geração.
O texto de Atos 13.36 na versão atualizada traz a seguinte redação: "Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção". Paulo faz uma importante afirmação sobre Davi quando diz que ele viveu para servir. O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter, ao contrario do que ensinava Maquiavel que era preferível ao rei ser temido do que ser amado. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Um dos primeiros passos para que possamos entender a questão da liderança cristã é adotarmos a perspectiva correta sobre Deus, Sua Palavra e Sua Obra. Nessa perícope observamos o segundo monarca de Israel sendo um ajudador do povo, e não o contrário. O modelo de Jesus para a liderança é justamente esse: "servir". Servir foi a missão do filho de Deus (Mt 20.28) e também a de seu ancestral humano, Davi.
2. Davi serviu a Deus com propósito. Há outro fato sobre Davi registrado no texto de Atos 13.22 que merece a nossa reflexão: "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade". Essa frase pode ser interpretada como 'um homem de sua própria escolha' ressaltando a escolha soberana da parte de Deus bem como, à guisa de textos bíblicos tais como 1Sm 2.35; 16.7, entendemos que Davi, o escolhido do Senhor, 'era segundo o coração de Deus' no sentido de estar dedicado à sua vontade e aos seus propósitos. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros. A vontade de Deus aparece aqui como "o que se tem determinado e que será feito". Este homem, com seu coração de servo, realizou aquilo que o Senhor esperava. Davi viveu para o Eterno e, consequentemente, viveu também para os outros.

II. UM HOMEM PRONTO PARA CRER
1. O menor na casa de Jessé se tornou o maior em Israel.
A ascenção de Davi ao trono é feita providencialmente, não sendo o resultado do esforço humano ou da cobiça pelo poder. Ao ser incumbido pelo Senhor de ir até Belém ungir um novo rei, Samuel, como qualquer outro ser humano comum, era propenso a julgar por padrões humanos de aparencia externa, ao invés de julgar pelo coração, como Deus julga; aquele profeta não sabia a quem iria ungir, por isso atentou para aspectos exteriores. Mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel. Uma das grandes lições na história de Davi é a sua paciência para esperar o momento certo de ascender ao trono de Israel. Paciência adquirida do trato com as ovelhas, paciência advinda da fé – inteira dependência; segurança das coisas esperadas – em Deus; paciência que era também fruto do imenso respeito que demonstrava por aquele que, embora desvinculado da vontade divina, havia sido ungido (consagrado; separado) para ser o primeiro rei de Israel.
2. O pequeno pastor que realizou proezas com o poder da fé. O desafio lançado por Golias ao exército de Israel era comum naqueles dias, onde se digladiavam dois campeões e o vencedor ganhava a batalha para o seu exército. Neste evento bíblico, Davi foi o campeão israelita que deu a vitória a Israel, quando seu exército já estava com o moral quebrantado e acuado pelo desafio lançado pelo gigante filisteu. Davi tinha experiência com Deus, adquirida não nos bancos de uma Faculdade, porém, no Campo de Batalha, no “batalhar pela fé”. Quem não matar o leão e o urso, não matará Golias. É no campo de batalha, é no confronto direto com os inimigos, é na realização da Obra de Deus que a fé cresce e se fortalece. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais: não importa a nossa estrutura, mas a fé no nome do Deus a quem servimos. “Maior é o que está em nós do que o que está no mundo” (1 Jo 4.4). A fé de Davi o transformou em um grande homem. De fato, é a fé que está por trás de cada uma das suas ações. Davi ainda muito jovem, colocou-se como o campeão dos israelitas para enfrentar o blasfemo Gigante filisteu, homem acostumado às batalhas, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7), tal disposição heróica e louca de Davi, causou espanto ao guerreiro filisteu. Golias tomou tal atitude como um insulto.Sem perca de tempo, Davi confiante n’Aquele que o vocacionara para liderar a nação judaica, pela força do Ruach YAWEH, adestrado com sua arma, a funda, abateu o sanguinário Golias (1 Sm.17.49,50). Que irônico! Que vitória! Um jovem pastor e sua funda ganhando uma batalha para o seu exército! A missão estaria cumprida quando a cabeça do oponente estivesse separada do corpo sem vida (1 Sm. 17.50-24). Desta luta aparentemente desigual tiramos algumas lições:

1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora - lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil;

2) pelejar é uma experiência solitária - ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “Golias” que se apresentam contra nós;

3) confiar em Deus é uma necessidade - a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes” e

4) vencer traz conseqüências memoráveis - as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.

A fé de Davi estava por trás de cada uma das suas ações e a transformou em um grande homem.

III. UM HOMEM PRONTO A SE HUMILHAR
1. Quando buscou reconciliação com o Senhor.
Qualquer pecado desagrada ao Senhor, que fará justiça a todos os homens em seu tempo certo, de acordo com suas obras. Davi sendo um homem de justiça e um homem que executava a justiça, ele estava pronto para agir com relação ao homem da parábola proferida por Natã, não sabendo que ele mesmo era o antítipo daquele hoemem rico. Arrependido - sua maior virtude: sabia quebrantar-se ( Hb dakka: esmagado como pó; triturado) (Sl 34.18: ), recebeu o perdão divino, contudo, sofreu as consequencias. Davi estava disposto a assumir toda a culpa e sofrimento em detrimento do povo. Quando ele assumiu a culpa pelo pecado e colocou-se como o único merecedor de receber - em si mesmo e em sua familia - o castigo, tornou-se alvo da misericórdia de Deus.
2. Quando buscou reconciliação com o próximo. Deus vocacionou e ungiu Davi para governar seu povo. Mas, da unção até a ascensão ao trono, seu caráter precisava ser moldado mediante o exercício da paciência. Ele teve que aprender a esperar, e esperar o tempo de Deus. Davi estava sendo moldado, seu caráter tinha que ser forjado no cadinho da paciência; o futuro monarca deveria passar por essa ‘prova de fogo’ e dar testemunho do motivo pelo qual foi ungido por Samuel: temor ao Senhor. Davi se enquadrou perfeitamente no texto de Hc 2.4, ele tinha plena confiança n’Aquele que o vocacionou, demonstrou aquelas virtudes recomendadas por Paulo em Rm 12.9-21.Ter fé é ter certeza, plena convicção, e como resultado viver em inteira dependência. Davi deu testemunho que confiava em Deus, esta esperança trouxe-lhe paciência para esperar o desenrolar dos fatos, ele sabia que o Senhor estava no controle e cumpriria seus desígnios. - "Quando estamos esperando, o plano de Deus e o seu tempo perfeito são dignos da nossa confiança". Charles Stanley – Revista EBD. Construir relacionamentos é uma porta aberta à proclamação do evangelho. A exemplo de Davi, perdoando a Saul quando este o perseguia para matá-lo, e depois quando foi procurado no deserto por Abigail, esposa de Nabal, o carmelita (1 Sm 25), devemos passar por cima de toda e qualquer afronta, e por meio do diálogo fortalecer nossos relacionamentos em prol da causa do reino. Davi era um homem de diálogo e pronto tanto para perdoar como para se humilhar.

CONCLUSÃO
As experiencia vividas por esse rei no decorrer de sua vida proporcionou-lhe um conhecimento mais aprofundado do Senhor, ele sabia que YAWEH era poderoso para livrar e transformar o homem pecador. Davi foi o homem segundo o coração de Deus, no entanto, como aprendemos, isso não significa que fosse isento de falhas ou imune ao pecado. Ele teve seus acertos, mas também seus erros. Davi conhecia ao Senhor de modo pessoal, pois andava em sua presença. Conhecia ao Senhor por experiência própria e não porque ouviu falar dEle e isso foi o diferencial na vida desse monarca. Para ser um homem ou mulher segundo o coração de Deus, se faz necessário conhecê-Lo e viver inteiramente com Ele, obedecendo-Lhe em tudo. Os aspectos do caráter de Davi revelados nas Escrituras tornaram-no muito mais que um rei. Eles o transformaram em um líder-servo, um homem segundo o coração de Deus, que até hoje ilustra as histórias bíblicas para as crianças, inspira vocações e serve de referencial para nós, adultos.

APLICAÇÃO PESSOAL

Você deseja que Deus faça em sua vida o mesmo que fez com Davi? Esse monarca é lembrado e respeitado por seu coração voltado a Deus, apesar de suas fraquezas, possuía uma fé inabalável na fiel e perdoadora natureza de Deus. Ao assumir o trono, a preocupação de Davi foi em restaurar a adoração ao Deus de Israel trazendo a Arca para o centro nação e organizado o culto levitico, demonstrou a sua vontade em reconduzir a nação de volta ao seu propósito existencial: YAWEH e a Lei no centro da vida nacional. Foi um homem que amou a Palavra de Deus. Muitas vezes somos como Davi: amamos a palavra do Senhor, buscamos viver em sintonia com o Espírito Santo, mas vez ou outra alimentamos maus pensamentos, maus desejos, más conversações, ações erradas, e o pior, quando confrontados pelo Espírito Santo, damos desculpas mil, como: é culpa da outra pessoa; não pude evitar; todo mundo faz isso; foi um engano; o diabo me tentou... Tiago nos ensina que o teatro de operações dessa guerra espiritual é a nossa mente, é lá que alimentamos e permitimos que se tornem em ações, por isso Jesus foi incondicional quando afirmou que o simples fato de olhar para uma mulher e desejá-la em seu coração (pensamento), já cometeu adultério com ela.Davi errou ao alimentar o mau pensamento. Nós erraremos também, mesmo sendo tabernáculo do Espírito Santo, a mente não está cativa a Ele, devemos fazê-lo a todo custo, a fim de evitarmos o fracasso espiritual – “pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra... mortificai, pois os vossos membros que estão na terra: a prostituição, a impureza; o apetite desordenado...”(Cl 3.3, 5). Quantas vezes nos deparamos com maus desejos, pecado sexual, impureza, lascívia, cobiça, ira, dissensões, malicia, calunia, linguagem torpe, mentira, tudo isso em detrimento do exercício da misericórdia, bondade, humildade, fé, mansidão, paciência, comedimento, perdão...Davi foi confrontado pela Palavra de Deus pronunciada pelo profeta Natã (1 Sm 12). Temos que levar cativos os nossos pensamentos à Cristo, só assim teremos uma atitude a fim de que não venhamos tropeçar (Rm 10.17; 1 Ts 1.6). O nosso maior mal é sermos ouvintes esquecidos, o crente necessita ouvir a Palavra, recebê-la e também nela meditar (Sl 1.2), muitas vezes ouvimos, processamos a informação e guardamos em nosso intelecto sem permitir que desça ao coração. A Palavra precisa ser aceita e acolhida por nossas mentes e corações. O bom soldado conhece sua arma, sabe resolver qualquer falha ou incidente, adestra-se em seu manejo. O que adianta armar-se com a Palavra ou estar cheio dela se não soubermos como usá-la? É preciso conhecer e manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), assim mesmo como um soldado adestrado para o combate. A Palavra de Deus é fundamental no processo de restauração, atuando como luz em nossas densas trevas. Ao finalizarmos esta lição, aprendemos que fazer a vontade de Deus é o segredo de todo projeto bem-sucedido.

N’Ele, que busca homens e mulheres segundo o seu coração,

Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos

- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;

16 de dezembro de 2009

Lição 12 - Davi e o seu Sucessor



TEXTO ÁUREO
"Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias" (1 Cr 22.9)


Esse texto é citado em Hb1.5-7 referindo-se a Cristo. Salomão foi um dos sete homens na Bíblia que receberam o nome antes do seu nascimento (os outros seis foram Ismael, Isaque, Josias, Ciro, João Batista e o proprio Jesus). Em diersas ocasiões, paz e descanso da guerra são vistos como uma recompensa de Deus à fidelidade de seu povo; foi a mesma bênção proferida sobre os cativos que retornavam da Babilonia como base de esperança em seus dias turbulentos; esse texto é base para a nossa esperança de haver paz e descanso em nossos dias se tão somente formos obedientes ao Senhor e à sua Palavra.

VERDADE PRÁTICA
Formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Saber que uma das responsabilidades do líder é formar sucessores.
- Compreender que Salomão foi indicado por Davi, mas escolhido por Deus.
- Descrever as características de Salomão, as quais agradaram a Deus.

Palavra Chave:
Sucessão
: Do latim sucessionis, passagem, transmissão de direitos. Na lição significa a continuidade da monarquia davídica.


INTRODUÇÃO

Estudamos na lição 5 sobre a liderança e como ela se evidenciava na vida do segundo monarca de Israel, dentre outras coisas, o verdadeiro líder preocupa-se com o futuro dos liderados e prepara seu sucessor. Sabemos que cabe ao Senhor as escolhas, segundo inferimos do texto de At 13.1-3, é do Senhor a escolha, o preparo e o envio, mas recai sobre nós a responsabilidade de prepará-lo.
Sabemos pela Escritura (I Cr 22:9) que mesmo antes do nascimento de Salomão, Davi já havia sido avisado pelo Senhor por intermédio do profeta Natã, que o filho que lhe nasceria seria o seu sucessor (2Sm 7. 12-15).
Davi governou Israel por cerca de 40 anos no fim de seu reinado, Davi achou por bem ‘introduzir’ aquele que o Senhor havia escolhido, na corregencia (1 Cr 23.1) dando início à transferência de poder de Davi para Salomão – que não ocorreu de forma tranquila ou sem oposição – Salomão assumiu o poder sucedendo a Davi como rei de Israel, apesar da turbulencia politica e das intrigas de Adonias, Joabe e Simei.

I. UM SUCESSOR INDICADO POR DAVI, MAS ESCOLHIDO POR DEUS

1. As insubmissas escolhas humanas.
Adonias talvez fosse o filho mais velho de Davi e como tal ele pode ter pensado que assumiria o poder, porém, nessa época, ainda não havia nenhuma legislação que ditasse quem seria o sucessor além da própria escolha do rei. Talvez Adonias já soubesse da escolha de seu pai e tal como fez Absalão, deu sinal de suas ambições e preparou-se para ‘conquistar’ o trono numa demonstração de rebeldia e despreso pelo pai, que como estudamos na lição 10, jamais contrariou nem disciplinou seus filhos rebeldes (1Rs 1.6).
Fica evidente a sequencia de atos danosos que se iniciam com o adultério, gerando uma geração corrupta, sem amor, sem disciplina, sem temos do Senhor, isso consequentemente levou à ruinaaquela familia e seus próprios filhos: Absalão (2 Sm 15.4) e Adonias (1 Rs 1.5) tentaram arrancar-lhe a coroa. De fato, se não fosse a mão do Senhor guinado aquela nação, certamente o reino ruiria. Nenhum destes fora escolhido por Deus para ocupar o trono. Sua loucura e ávidez pelo poder e desejo do trono a qualquer custo eram apenas conjecturas humanas e não refletiam o desejo de Deus (Sl 135.4).
2. A escolha divina. Salomão seria o descendente por meio de quem Deus cumpriria a sua promessa de estabelecer o trono do reino de Davi para sempre (2Sm 7.12, 13). A profecia do texto de 1 Crônicas 17.11-15, refere-se primeiramente a Salomão, o herdeiro carnal de Davi, que levantaria posteriormente o Templo. Contudo, ela também aponta para o futuro e prediz o reino eterno do Messias, Jesus Cristo, o filho de Davi. Salomão, portanto, não chegou ao trono por uma simples indicação de Davi, mas por uma escolha divina (1 Cr 22.9). Salomão chegou ao trono por indicação divina.

II. UM SUCESSOR DE POUCA EXPERIÊNCIA, MAS QUE HERDOU UM GRANDE LEGADO
1. O legado político institucional.
"E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10). Da mesma maneira que os capítulos 3 e 4 de 2Sm detalham como os da casa de Saul se iam enfraquecendo, assim também os capítulos 5 a 10 mostram como Davi se ia fortalecendo. Defere-se que a principal causa desse crescimento de Davi era a presença constante e soberana do Senhor nele (1 Sm 16.18). O reino de Israel se tornou forte e respeitado tendo Davi como seu rei. O segredo de todo esse êxito foi a bênção de Deus. Quando o Senhor está no controle, tudo vai bem. Flavio Josefo afirma que vieram a Hebrom seis mil e oitocentos homens da tribo de Judá, armados de lanças e de escudos, que tinham seguido o partido de Isbosete... todos, de comum acordo, declararam a Davi rei (História dos Hebreus, pág 152, CPAD, 1990). Uma vez unificado o reino, Davi sem demora, marcha para Jerusalém e dá início a suas conquistas militares. Como acontece hoje na política internacional, quando Davi logrou êxito na investida sobre Jerusalém e consolidou o reino, de imediato, como que ‘reconhecendo a nova nação’ Hirão, rei de Tiro, cidade portuária da Fenícia, a cerca de 56 Km ao norte do monte Carmelo, envia ao rei Davi, um presente, acompanhado de embaixadores a fim de firmar uma aliança. Sem dúvida este foi um dos grandes legados que Davi deixou para seu filho Salomão, um eino consolidado e reconhecido internacionalmente, com um exército organizado a habilitado à batalha (1 Cr 18.14-17; 27.32-34). Davi foi hábil na organização até mesmo das minúcias do reino (1 Cr 27.25-31).
2. O legado religioso. É notório a estruturação do reino por Davi de maneira que seu sucessor tivesse dias de repouso, mas o maior legado deixado por Davi ao seu filho Salomão foi o espiritual. O texto sagrado destaca que Davi "ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele" (2 Sm 5.10). Essa presença divina na vida e no reinado de Davi foi notória até fora de Israel, o que é demonstrado pelos presentes trazidos pelos mensageiros enviados por Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11). Esse é mais um exemplo de que a nação escolhida por Deus só avançava quando o seu Rei estava no comando e Davi ais que qualquer outro na história antiga de Israel, sabia reconhecer que no seu reinado todas as bênçãos materiais e espirituais sobre o povo, a terra e o culto divino procediam de Deus.
A chave para um reinado bem-sucedido estava no cumprimento das leis imutáveis de Deus.

III. UM SUCESSOR JOVEM, MAS DE GRANDE PIEDADE

1. Na vida privada.
A decisão divina não anula nossas responsabilidades diante do Senhor. Quando subiu ao trono, Salomão talvez tivesse vinte anos, jovem e inexperiente, mas humilde o basstante para recohecer isto (Jr 1.6). No início do seu reinado, Salomão respondeu bem à vocação divina e proferiu uma das mais belas orações da Bíblia; uma oração que agradou a Deus (v.10). Após ser visitado pelo Senhor durante um sonho, Salomão ora a Deus, ele não pediu os desejos comuns de um monarcaoriental: vida longa, riqueza ou a morte dos inimigos.

CONCLUSÃO
Davi cumpriu a sua missão, mas antes de morrer foi sábio e preparou um sucessor. Apesar de suas falhas, Davi deixou para a Salomão, seu filho, um grande legado espiritual. O rei de Israel costumava buscar a orientação divina diante das decisões a serem tomadas (I Sm. 23.2; 30.8; II Sm. 2.1). Salomão recebeu uma unção especial da parte do Senhor e governou com tamanha sabedoria que alcançou fama internacional: a rainha de Sabá quis testificar pessoalmente a respeito de tudo que havia ouvido a seu respeito (I Rs. 10.1-13). Enquanto observou as recomendações do seu pai e andou nos caminhos do Senhor, Salomão prosperou. Assim diz o pregador: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec. 12.13,14). Diferentemente de seu pai Davi, Salomão não teve o mesmo sucesso na escolha de seus sucessores. Após sua morte o reino de Israel dividiu-se e os reis seguintes alternavam-se entre servir ao Senhor e aos deuses pagãos.
Embora estejamos separados de Davi e Salomão por um longo espaço de tempo, os princípios por eles vividos ainda continuam válidos para hoje. A liderança destes dois homens de Deus foi bem-sucedida porque eles não viveram para si, mas para Deus e para o próximo. Será que somos líderes com este perfil? Será que temos buscado esse tipo de vida?

APLICAÇÃO PESSOAL
Nesta lição, estudamos a respeito da transição do reino de Davi para Salomão, seu filho com Bate-Seba. Israel era um reino teocrático, mesmo durante a monarquia Israel pertencia ao Senhor, não a Davi. Davi cônscio disto, transferiu a coroa a seu filho e aconselhou-o a guardar as ordenanças do Senhor para que houvesse prosperidade e paz para o futuro estado de Israel. Nada mais atual do que isto! Nossas lideranças também precisam estar conscientes deste princípio bíblico: a obra pertence ao Senhor. Temos constatado muitas vezes uma dinastia em alguns ministérios, talvez fruto de um sistema de governo eclesiástico inadequado para hoje. Deus é o único dono. Não somos proprietários de nada, somos mordomos e como tais, um dia ter-se-á que ser passado o cajado, e quem assumirá? Quem será o suscessor?
Um líder cristão ao mesmo tempo que leva a obra paara frente, pensa em formar outros líderes capazes de dar prosseguimento ao seu trabalho. Não podemos nos esquecer que "formar sucessores é, sem dúvida, uma das maiores virtudes dos grandes líderes".
Siga seus planos dentro da vontade de Deus, e não em vez de ou apesar dela. Os limites que Ele colocou sobre você só fará seus planos florescerem. Nossos desejos encaixam-se melhor dentro da vontade de Deus"
Deus não salva os homens devido àquilo que vê em seus corações e porque gosta do que vê. Ele salva homens que são vis pecadores em seus corações, incapazes de se reconciliarem com Ele. Tem misericórdia deles, colocando seus pecados sobre Seu Filho, Jesus Cristo.
Somente em Cristo encontra-se a porta de entrada à presença do Pai. Somente Ele é sem pecado e, por isso, capaz de morrer pelos pecados dos outros entregando-se para ser imolado naquele que constituiu-se no maior e suficiente sacrifício.
Quem é justo? Livre de cometer falhas? Quem é o que não necessita de perdão e de reconciliação?Há apenas uma pessoa em toda a história da raça humana cujo coração foi livre de pecado, e essa pessoa é aquele judeu filho de carpinteiro, que mudou a história e dividiu-a em antes e depois d’Ele, Jesus Cristo. N’Ele, Deus salva aqueles que confiam Nele para serem perdoados de seus pecados e para terem o presente da vida eterna.
Hodiernamente vemos a busca desenfreada por lideres capazes, com qualificações sobrehumanas, e infelizmente constatamos que as qualidades e qualificações procuradas nos líderes contemporâneos não são aquelas que Deus buscou em Davi – um homem segundo o meu coração. Nós estamos escolhendo nossos líderes quase nas mesmas bases que o mundo vil e sem Deus. Olhamos para os que têm dinheiro e influência e que sejam intelectualmente bem dotados. O Eterno buscou um homem que tinha um coração voltado para Ele. Creio que esta característica seja o primeiro e principal pré-requisito para o tipo de liderança que Deus requer. Precisamos ser o tipo de homens e mulheres que DEUS busca para o Seu serviço.
Davi muito nos ensina com sua árdua caminhada desde sua unção aos treze anos de idade até assumir o reino como um todo. O humano Davi também estava sujeito às mesmas falhas, tinha os mesmos defeitos e em muito se parece comigo (em seus defeitos). Teve uma falha séria que o poderia ter condenado não fosse o Ruach HaKodesh agindo em sua vida.
No Salmo 51 achamos o pecado que quase o destruiu e nos ensina mediante o seu exemplo como nos arrependermos dos nossos próprios erros e sermos como ele – um homem segundo o coração de Deus. O Salmo se inicia com três pedidos ao Senhor:
- Misericórdia (v.1). A graça de Deus é imerecida, porém Ele cuida de nós com ternura e intensidade, mesmo quando o nosso coração está distante dEle. Nosso amor pelo Senhor pode falhar, mas não o seu amor por nós.
- Renovação (v.2). A "tinta" de nossa falha deixa uma marca indelével em nossa vida e na dos outros; porém, podemos confiar na compaixão do Senhor para apagar o nosso pecado do livro de sua memória.
- Purificação (v.2). Somente Deus pode lavar a mancha e a sujeira do pecado. Queremos nos sentir puros outra vez, de modo que desapareçam toda a impureza que adquirimos e o legado de suas lembranças" (WOOD. George O. Um Salmo em seu Coração. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.209,210)Somente pela Palavra alcançaremos a plenitude do plano de salvação, é preciso clamarmos: “SOLA FIDE, SOLA SCRIPTURA, SOLUS CHRISTUS, SOLA GRATIA, SOLI DEO GLORIA”!

N’Ele, que de graça, pela graça, busca em nós um coração aberto à sua graça,

Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Vacances dans Campina Grande, PB

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- http://auxilioebd.blogspot.com/2009/11/licao-7-expansao-do-reino.html


- http://ogideao.blogspot.com/2009/10/pela-graca-de-graca.html

8 de dezembro de 2009

Lição 11 - Davi e a Restauração do Culto a Jeová



13 de dezembro de 2009
(Dia da Bíblia)

TEXTO ÁUREO
"Dai ao SENHOR a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade" - 1 Cr 16.29 (O culto bíblico é a devida resposta racional ao Criador, honrando-O e glorificando-O, agradecendo-Lhe por todas as dádivas; por Sua revelação e graça a nós concedida; o genuíno louvor envolve glória a Deus).

VERDADE PRÁTICA
A essência do verdadeiro culto a Deus é a adoração, portanto, Ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade. O verdadeiro servo adora quando louva-O pelo o que Ele é, agradece a Ele aquilo que Ele tem realizado, deseja que Ele aumente Sua glória, confia inteiramente nEle através da oração.

INTERAÇÃO
Respeito, reverência e obediência aos mandamentos de Deus, foram incontestes neste translado do objeto que representava a presença do Senhor em meio ao seu povo. O exercicio da análise dessa perícope biblica me ensina que a verdadeira adoração envolve perimptoricamente, reverência, total rendição, gratidão e exaltação ao Senhor, isto é, o verdadeiro culto racional.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Definir adoração.
- Explicar o propósito e os elementos do culto
- Estabelecer a diferença entre a liturgia da Velha e da Nova Aliança.

Palavra Chave: Adoração: O sentido original sugere o ato de inclinar-se perante alguém, a fim de reverenciar, venerar ou adorá-lo. O Dicionário Vine define a palavra hebraica ‘sãhãh’ por ‘adorar, prostrar-se, curvar-se’, e o grego ’proskuneõ’ por fazer mesura, fazer reverencia a (formado de pros, ‘para’, e kuneõ, ‘beijar’), são os termos mais frequentes significando ‘adorar’ (Dicionário VINE, CPAD,1ª edição, 2002, pág 31,374).

INTRODUÇÃO
Davi trouxe a Arca para Jerusalém, estando ainda, o tabernáculo em Gibeon (ou Gabaon; ou Gibeão), com o intuito de reunir tanto a Arca quanto o Tabernáculo em um único templo na novisssíma capital do reino e em breve, o centro cultual de Israel. Não coube a Davi a honra de construir uma casa para o Senhor, e nesse intervalo, Israel contou com dois lugares de adoração e dois sumo-sacerdotes, um em Gibeon e outro na capital (1Cr 15.11). O cronista toma em consideração essa situação e justifica dizendo que a Tenda do Deserto tinha ficado erguida lá (21.29; 2Cr 1.3), em consequencia, ele reparte o efetivo levitico entre o santuário de Gibeon e o novo santuário da Arca, em Jerusalém.
O traslado foi marcado pela beleza ritual, pela separação (santificação) de um efetivo de 862 sacerdotes e levitas. Davi revigora nesse ato o que a nação esqueceu ou desprezou. É com Davi que observamos os primeiros passos rumo ao retorno da verdadeira adoração a Jeová.

I. O CULTO E O SEU PROPÓSITO

1. Adoração.
O que entendemos por adoração? Musica? O Serviço Cristão, que chamamos de culto, tem por essência a adoração ao Senhor. Seu ápice acontece quando nos prostramos em deferência diante do Senhor, dando-Lhe toda honra e toda glória, fazendo-Lhe mesura, em espírito e em verdade; adorar é prostrar-se diante de Deus em reconhecimento à sua divindade.
Quando Davi se prontificou a trazer a Arca da Aliança (que se encontrava na casa de Obede-Edom) para Jerusalém, veio adorando a Deus durante todo o caminho percorrido. Ao dançar diante da Arca, Davi tirou suas vestes externas e em lugar delas trajou apenas uma estola sacerdotal (algum tipo de roupa curta usada sob a túnica), inteerpretando ele essa situação como uma forma de humilhação diante do Senhor – e não diante das servas, como acusou-lhe Mical – isso é o que deferimos da perícope seguinte, v 22; Davi estava decidido a rebaixar-se o máximo a fim de que o Senhor recebesse a honra que lhe era devida numa atitude de um verdadeiro adorador – descobrir-se não significa que Davi ficou nu, mas na linguagem real, significa que Davi tirou as vestes reais e vestiu-se como um escravo, com algo parecido com uma tanga (2 Sm 6.16). O hebraico não deixa margem para as danças que vemos hoje em alguns lugares; karar significa também "girar", pular de alegria, e nesse caso, tomado pelo Espírito Santo, Davi saltava e rodopeava jubilosamente diante do Senhor.
2. Comunhão. Do grego Koinonia, termo mais conhecido por nós, significando coisa comum, sociedade, companheirismo, isto é, participação, companheirismo desfrutado entre os cristãos. Paulo faz uso do adjetivo koinonos – tendo em comum – em 1Co 10.18 empregando-o para descrever os cristãos como participantes do altar/demonios, isto é, estar asssociado com. O sentido é compartilhar.
Comunhão é indispensável ao verdadeiro culto a Deus. Sem koinonia – tanto com o Senhor quanto com os irmãos, não é possível adorar verdadeiramente.
Davi "repartiu a todo o povo e a toda a multidão de Israel, desde os homens até às mulheres, a cada um, um bolo de pão, um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho; então, foi-se todo o povo, cada um para sua casa" (2 Sm 6.19), isto denota a preocupação daquele rei com o seu povo e aponta para Jesus, o Pão da Vida, quando da multiplicação dos pães e peixes. O propósito do culto é adorar ao Senhor e estar em comunhão com Deus e com o próximo; é o vinculo de unidade fraterna, mantido pelo Espirito Santo, que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Cristo Jesus – o verdadeiro significado de reino dos céus (2Co 13.13; 1Jo 1.3).

II. O CULTO
1. O altar do holocausto e do incenso. A finalidade do culto prestado ao Senhor é de que ele seja glorificado e reverenciado como um Deus amoroso e misericordioso, o único dino de reber adoração. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4.23). O culto constitui-se em maneira única e particular de adoração constituído com seus elementos ritualísticos e cerimoniais. O serviço (ou liturgia; ou culto) é o clímax de uma religião. Davi desejou construir uma casa para que o Senhor fosse adorado e também foi responsável por grandes transformações sociais, políticas e religiosas.
Ele foi o responsável por resgatar o altar mais conhecido do Velho Testamento: o altar do holocausto, isto é, destinado à realização dos sacrifícios. Quando o Israelita se aproximava do tabernáculo com o seu sacrifício e atravessava aquele portão de entrada ele encontrava entre ele e o tabernáculo um altar com um sacerdote ao lado. O altar de forma quadrada. Sua largura e comprimento era exatamente igual à altura da cerca de linho branco ao redor do átrio com 5 cúbitos (2,25 metros). Sua altura era de 3 cúbitos (1,35 metros) e feito de madeira de acácia revestida com bronze com chifres em cada canto (Ex 27.1-5). Este era o altar no qual os sacrifícios eram feitos conforme descreve Lv 1.9, como um doce sabor para o Senhor. Era onde o sangue era derramado e o pecador era perdoado. Não importa quão boa pessoa fosse, sem o derramamento de sangue não havia nenhum perdão (Lv 17.11). Fora do altar de bronze não havia outro modo de se aproximar de Deus. A aliança com Yahweh, era uma aliança de sangue e então o animal inocente representava o pecador, e tomava o lugar dele no altar. É por isso que se colocava as mãos na vítima inocente, a seguir o violento corte na garganta. Uma imagem que faria sua pele se arrepiar, que trazia uma incrível consciência do pecado, e do seu salário que é a morte. Só então ele seria aceito e declarado limpo. O sangue do animal cobriria até o próprio Deus (O Cordeiro de Deus) que levaria o pecado de uma vez por todas. O sacerdote então pegaria o sangue em uma bacia, e despejava o sangue ao pé do altar, e fazia o sacrifício, e o pecador iria para casa perdoado até o próximo pecado. Eram feitos sacrifícios ao longo do ano, mas o sacrifício anual era feito pelo sumo sacerdote no Dia da Expiação (Yom Kippur), uma vez por ano .para expiar os pecados da nação.
2. A arca. A Arca da Aliança, Arca de Deus ou Arca do Pacto (hebraico:ארון הברית aróhn hab·beríth; grego: ki·bo·tós tes di·a·thé·kes") era a urna mandada construir pelo próprio Deus, que representa sua presença no meio do seu povo, bem como, servia de ‘veículo de comunicação’ entre Deus e seu povo escolhido. Continha em seu interior as tábuas da Lei, a Vara de Arão que floresceu (que não só floresceu mais que também brotou améndoas) e o pote de maná escondido foram repousadas no seu interior, a Arca é tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para se estar em sua presença dentro do Tabernáculo. A manifestação divina dava-se como uma fumaça, conhecida como Sua shekiná (Presença) entre os querubins que tinham asas de anjos, corpo de homem e rosto de bebê, e que estavam ligados em baixo pelos joelhos em cima do propciatório e ligados em cima pelas asas que sendo assim formava um circulo entre eles (simbolizando tudo que é ligado na terra Também será ligado no céu) e era justamente onde estava a shekiná e era ali que DEUS falava com Moises. Tocá-la era um ato tolo, pois quem a tocasse era logo morto pela ira de DEUS, razão pela qual existiam varas para seu transporte. Infelizmente, nos dias de Samuel os israelitas haviam transformado a arca em uma espécie de amuleto, e tentavam usá-la como um fetiche (1 Sm 4.3). De nada adianta barulho sem poder, de nada vale um utensílio sagrado se não há obediência por parte de quem o conduz (1 Sm 4.5,10). Davi queria que a arca adquirisse nos seus dias a sua verdadeira simbologia.


III. O CULTO E SUA LITURGIA
1. A liturgia na Velha Aliança. A liturgia judaica era complexa e inflexível. O que é liturgia? A história do termo começa com uma palavra composta: ‘Leitourgia’ de ‘ergón’ (obra) e ‘leitos’ (adjetivo derivado de ‘leos’ ou ‘laos’ - povo). Este termo significava ou indicava nas democracias gregas (segundo o grego clássico e helênico): ‘a prestação de um serviço por parte dos cidadãos de classe média no benefício da coletividade’. A Septuaginta emprega o termo ‘leitourgía’ e seus derivados para designar o serviço do templo por parte dos sacerdotes e levitas, enquanto que os termos correspondentes em hebraico são usados também para serviços que não sejam de culto. Segundo um enfoque puramente semântico, literalmente pode significar festa, celebração, e ainda culto (Latreia). No Antigo Testamento, o equivalente para liturgia é festa (‘Hag’: dança e ‘Saret’: serviço) e ‘Aboda’ (obra, serviço) que também se usa para atos litúrgicos.
Na maioria dos casos a liturgia se interpreta como “forma de culto” e é obvio que a forma em si não assegura a realidade espiritual do culto, mas a falta de forma tampouco. A forma deveria servir como ajuda aos fiéis na adoração a Deus.
De forma geral, quando pensamos em nossa relação com o culto, fazemo-lo em termos de receber, de obter algo. Mas da perspectiva da liturgia, o culto tem muito mais a ver com dar e oferecer do que com receber ou obter. Liturgia é o que podemos oferecer a Deus no culto aceitável, genuinamente autêntico e que expressa nossa submissão, dependência e serviço a Ele.
2. A liturgia na Nova Aliança. A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto veterotestamentário, é extremamente simples: a leitura da Bíblia e sua explanação, a oração, a recitação de Salmos, cânticos e expressões carismáticas do Espírito Santo. Nosso culto racional deve ser composto de comunhão, adoração irrestrita e consciencia de que o serviço é prestado ao Criador, não a nós. O serviço é oferecido à Cristo. De fato, é o que podemos observar quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos: "E, servindo eles ao Senhor" (At 13.2). Nesse contexto a palavra "servindo" é a tradução do grego leitourgeo, que no português é "liturgia".

CONCLUSÃO
A base de nosso culto é a aliança pela qual Deus se tem ligado àqueles a quem ele Salvou. Isso era verdadeiro no Antigo testamento tanto quanto o é agora, no tempo da graça. Nosso serviço à Cristo se reveste de reverencia, alegria, confissão de pecado e necessidade da presença dele em nós. Esse culto que agora prestamos ao senhor deve ser central em nossa vida pois ele será o cerne na glória que nos está proposta. Aprendemos, pois como Davi organizou o culto a YAWEH, resgatando os elementos da Lei Mosaica, dando forma ao culto que o povo da antiga aliança deviam prestar. Nesse modelo há todos os elementos do verdadeiro culto. Sob a nova aliança, não há mais espaço para os tipos, agora temos os atítipos e o sacerdócio de Cristo supera todos os ritos mosaicos. Essas mudanças são inumeras mas o essencial continua o mesmo. O culto ao Senhor deve ser realizado e oferecido com decência e ordem (1 Co 14.40),reverência, pureza e sinceridade devem nortear ainda hoje o nosso culto.

Subsídio Teológico
"Na segunda tentativa de trazer a arca para Jerusalém, Davi preparou-se com os levitas, que eram servos escolhidos por Deus para cuidar da arca. Eles deveriam se preparar, como Deus tinha ordenado, para realizar uma tarefa sagrada. Uzá estava morto, não porque Deus quisesse a arca em Jerusalém, mas porque ele não era um levita e tinha tocado a arca com suas mãos não santificadas.
A arca era a evidência da presença de Deus com seu povo (cf. Êx 25.10-22, 1 Cr 13.6). A omissão de Saul em indagar de Deus através dela revela seu menosprezo total ao significado do relacionamento com Deus. Davi, entretanto, teve o cuidado de trazê-la para Jerusalém, o centro político e geográfico de Israel. Para Davi, o relacionamento com Deus era de importância central, o coração vivo da nação. A advertência do cronista é tanto para os judeus pós-exilados em Judá como para nós. Ele é o foco e o centro de nossas vidas.
A Lei do Antigo Testamento é explícita. A arca deve ser levada em travessões, carregada somente por levitas (Nm 4.15). É bom estar ansioso por estar perto de Deus, mas devemos ser cuidadosos em nos aproximarmos dEle da maneira como Ele ordenou. O mais profundo significado da arca encontra-se na sua cobertura. Feita de puro ouro e representando modelos de dois dos anjos que guardam a santidade de Deus, a cobertura era o trono simbólico de Deus" (Adaptado de o Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.268-9).

APLICAÇÃO PESSOAL
"Você deseja ser um adorador? Anseia por estar na presença de Deus? Aspira ver a face do Pai?
Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos... (Jo 4.22) Jesus colocou, de forma inquestionável, a possibilidade de uma falsa adoração: adorar a Deus sem conhecê-lo. O pressuposto inequívoco da verdadeira adoração é o conhecimento do verdadeiro Deus. Para João Calvino, a base da adoração espiritual e pura dos gentios é a vinda deles para a verdadeira fé e para um conhecimento sadio da Palavra de Deus. A verdadeira adoração deve ser baseada no verdadeiro conhecimento de Deus. Calvino afirma ainda: E é necessário sempre começar com este princípio — conhecer a Deus a quem adoramos (Hughes Oliphant Old, op. cit. p. 239). O verdadeiro conhecimento de Deus, portanto, é básico para a verdadeira adoração, devemos ter sempre em mente que Deus não pode ser corretamente adorado a menos que Ele seja conhecido. No dizer de Paulo: ‘Passando e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar no qual está escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer , é precisamente aquele que eu vos anuncio.’ (At 17.23). Paulo foi astuto para levar as boas novas aos gregos pois que, eles não estavam adorando verdadeiramente a Deus, na realidade queriam mesmo era agradar a qualquer Deus que existisse.
Paulo aproveitou essa ‘brecha’ e começou a explicar aos varões atenienses algumas coisas sobre quem era o Deus verdadeiro e o Senhor fez o mesmo com respeito aos samaritanos.
Novamente, Paulo prorrompe numa forma de profunda adoração, dizendo: ‘ Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro lhe deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente.’ (Rm 11.33-36).
Nosso desejo sincero é que jamais venhamos a ouvir o mesmo que o Senhor disse à mulher Samaritana: ‘Vós adorais o que não conheceis...’ Não se pode adorar a Deus sem a certeza da salvação. Não se pode louvá-Lo sem o perdão dos pecados. Não podemos nos aproximar do Pai, a não ser através de Jesus Cristo. Somente confessando-o como Senhor e Salvador das nossas vidas podemos alcançar o Pai.
Não permita que nada o impeça de adorar ao Senhor.
N’Ele,
Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Professor da EBD na IEAD Ministério do Belém em São Caetano do Sul, SP

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;
- Dicionário Vine – CPAD
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Arca_da_Alian%C3%A7a

2 de dezembro de 2009

Lição 10 - Davi e o Preço da Negligência na Família


TEXTO ÁUREO
"Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição (Gr Semnotes: dignidade; majestade; solenidade), com toda a modéstia" (1 Tm 3.4).

VERDADE PRÁTICA
Não adianta termos êxito em tudo se a nossa família é uma prova do nosso fracasso.

INTERAÇÃO
Os especialistas no assunto definem o líder natural como alguém que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros. Liderança é a habilidade (capacidade adquirida) de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo o bem comum. O sociólogo Max Weber afirma que há uma diferença entre poder e autoridade. Em seu livro The Theory of Social and Economic Organization, ele define poder como a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer; Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influencia pessoal.
Com base nessa definição de liderança, assunto da lição 5, creio piamente que as lições aprendidas por Davi em Adulão não foram esquecidas, liderar é influenciar, é ser o paradigma, e Davi era um paradigma para 600 homens que não valiam nada para a sociedade; será que esse líder não seria um paradigma para os da própria família? O que deu errado na criação dos filhos do rei? Por que houve incesto, adultério e morte entre os seus?
Julgamos que Davi tenha nascido com a habilidade de liderar (1Sm 16.18) e com o passar dos anos, aperfeiçoou essa capacidade, para ele era fácil levar as pessoas a fazerem de boa vontade os trabalhos necessários. O líder escolhido por Deus, apesar de humilhado, rejeitado e perseguido no deserto, fez com que um grande grupo de seguidores se achegasse a ele. Quais características essas pessoas viram em Davi?
... conheço um... sabe tocar, é forte, valente, homem de guerra, sisudo em palavras, de boa aparência; e o Senhor é com ele... - Honestidade, confiabilidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, bom ouvinte, respeito, encorajador, entusiasta e amável. Quais dessas virtudes encontramos nos filhos de Davi? Será que Davi negligenciou a educação dos seus filhos?
Os filhos são o reflexo dos pais... a prole de Davi deveria refletir a liderança do pai. São os pais que primeiro educam os filhos, são o exemplo que os filhos copiam; o exemplo é a base fundamental para a formação do caráter dos filhos.


OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar a negligência de Davi em relação à sua família.
- Compreender o papel da disciplina na educação dos filhos.
- Reconhecer a importância do afeto e da presença dos pais na vida dos filhos.

Palavra Chave: Negligência: Desatenção; descuido; desleixo

INTRODUÇÃO
Se o governo de um homem sobre a sua casa não é bom, como fará um bom governo civil ou religioso?
Naturalmente os homens acham-se importantes quando a frente de algum tipo de governo é necessário então mortificar esse sentimento para que não venha a transformar-se em orgulho, a alto-exaltação.
Também é comum a extremada dedicação ao serviço, principalmente quando estamos no ‘primeiro amor’, da mesma forma é na obra do Senhor, muitas vezes em detrimento do bem-estar da família.
Imaginemos agora, a imensidão de afazeres do rei de Israel, as muitas guerras, a administração do reino, as muitas mulheres e seus filhos, fica evidente o pouco tempo dedicado à família (?) e aos filhos. Certamente o rei de Israel negligenciou a educação de seus filhos à custa de uma missão bem maior: o reino. Até certo ponto justificável e louvável, mas nenhum sucesso justifica o fracasso da família. Não há como eximir Davi de sua culpa. Sabemos por boca do profeta Natã que o que Davi fez no oculto Deus o retribuiria ao meio dia (2Sm 12.12), não querendo dirimir a culpa pelo fracasso familiar, mas isso foi a colheita do que foi plantado. Os maiores escândalos sexuais aconteceram dentro da família real (2 Sm 13.1-19; 16.20-23). Acredito na lição proposta pelo comentarista, mas creio que Davi colheu o que plantou, o fracasso de sua família foi a paga pelo pecado com Bate-Seba. Os últimos anos de vida de Davi foram marcados por graves problemas dentro da sua própria família, resultados da sua conduta flagrantemente pecaminosa. Dentro de sua própria casa Davi encontrou o incesto, a violência, o assassinato, intrigas para capturar o trono e rebeliões, cumprindo-se a palavra do Senhor, na boca do profeta Natã: “De sua própria família trarei desgraça sobre você” (2Sm 12.11).
O filho mais velho de Davi, Amnom, violentou a própria irmã, Tamar, uma prática que a Lei proibia terminantemente (Lv 18.9-19). Segundo a Lei, o crime de Amnom deveria ser punido com a pena de morte (Lv 20.17), mas a autoridade de Davi sobre seus filhos havia sido enfraquecida pelo seu pecado.

I. DAVI FRACASSA NA FORMAÇÃO CULTURAL DOS FILHOS

1. Os valores dos filhos do mundo.
Certamente os príncipes tiveram uma educação exemplar e acima da média, aculturados com costumes de sua e de outras nações. Um exemplo do perigo que tão de perto nos rodeia, a educação proposta em nossos dias, oriunda de uma filosofia descompromissada com as verdades bíblicas e que valoriza sobremaneira o humanismo. Certamente não poderemos assimilar esses costumes em detrimento da Palavra de Deus, mas é necessário equacionarmos quão vital seja ensinarmos nossas crianças sobre temas propostos pela ‘educação’ atual; temos que rever valores e questionar a necessidade de se colocar maquinas de camisinha nas escolas – como já acontece em São Paulo, ensinar sobre uso de preservativos, etc, numa fase onde o caráter está sendo formado.
Lamentavelmente, o abandono de princípios valorativos como estes levarão famílias a perder as rédeas e darão uma direção incerta aos nossos filhos.
Davi certamente amava seus filhos, educou-os apropriadamente, mas faltou ao rei o pulso firme, pulso que aliás, estava amarrado pelo pecado cometido, sua autoridade e liderança não tinha voz ativa para a sua prole, isso levou sua família a ruína.

2. Os valores dos filhos do rei. Os filhos de Davi seguiram seu exemplo no adultério e no assassinato, muito embora possamos ver nos apelos de Tamar (não se faz assim em Israel) uma diferenciação nos padrões morais de Israel face aos praticados pelos vizinhos, mas os valores de Amnom seguiam uma escala diferenciada, por isso buscou saciar sua lascívia animalesca possuindo sua meia-irmã.
Os filhos do rei certamente foram instruídos na Lei do Senhor e Amnom certamente sabia que o incesto era condenado e o levaria a morte (Lv 20.17).
A sinopse do tópico 1 pelo comentarista diz: “O fracasso de Davi na formação cultural dos filhos acarretou tragédias para dentro de sua casa”, mas sem querer discordar, sabemos que Davi estava agora numa colheita, foi bom exemplo em Adulão, colheu um reino; foi mau exemplo no terraço do palácio, colheu destruição.

II. DAVI FRACASSA AO NÃO IMPOR LIMITES

1. Davi não corrigiu o mau comportamento. Davi tinha a obrigação de fazer muito mais do que apenas se irar, pela Lei, o incestuoso deveria ser morto (Lv 20.17). Entendemos o comportamento de Davi, afinal, que pai entregaria seu filho à morte? Que dor aquele pai estava sentindo? Sua filha estuprada... seu filho transgressor da Lei, condenado à morte (que não ocorreu de imediato, mas ela chegou pela mão de Absalão).
2. Davi não ensinou os valores hierarquicos. A profecia proferida por Natã claramente afirmava que Deus trataria com Davi às claras e a vista de todo o Israel. É fato que Absalão era o sucessor natural de Davi, tendo agora já vingado sua irmã e tirado o primogênito do caminho, certamente poderia galgar até o trono sem maiores percalços, mas a colheita de Davi continua, afinal, nenhuma palavra do Senhor cai por terra.

III. DAVI FRACASSA COMO PAI

1. Um pai ausente. ‘Ser pai é participar’, rezava um comercial de TV. É uma verdade que negligenciamos e que certamente nos pouparia de muita dor de cabeça, porque quando deixamos de ser companheiros de nossos filhos, aparecem os traficantes, quando deixamos de ser companheiro de nossa esposa, aparecem os ‘bicos doce’...
Um bom pai acompanha seus filhos de perto, orientando-os inclusive em relação às suas companhias; um bom esposo é companheiro e bom ouvido, carinhoso, atencioso, dedicado e amável com seu conjuge. O contexto em estudo revela que, por trás do plano arquitetado para violentar sua meia-irmã, havia o primo Jonadabe, que aconselhou-o a cometer tamanho crime (2 Sm 13.2-5). Jonadabe, que demonstra ser um mau caráter, atua como uma espécie de "pedagogo" para Amnom. Mas onde estava Davi? Nunca é demais dizer que os pais devem ser os melhores amigos dos filhos sem, contudo, serem seus cúmplices.
2. Um pai sem afetividade. O afeto e a presença dos pais na vida dos filhos é fundamental para uma boa educação. O texto não deixa transparecer afetividade ou a falta dela. O fato de Davi descer até Amnom para vê-lo e depois enviar uma virgem de aproximadamente 15 anos para cozinhar para seu filho denota preocupação e cuidado. O fato de não cumprir o que determinava a Lei aponta para um pai que perdeu as rédeas da família, já não sabia mais o que fazer; matar seu filho certamente não era sua idéia. "Deus nos aceita apesar do pecado e nos disciplina por causa de nosso pecado." Kenneth Gangel. Que disciplina Davi daria a seu filho?

CONCLUSÃO

Davi foi um exemplo para a nação de Israel, o adorável em salmos, mas tropeçou e ficou nas amarras de seu pecado, perdeu sua autoridade e passou a influenciar negativamente. Como corrigir quando nós mesmos temos caído no mesmo erro?
Disciplina não é algo que recebemos de boa mente, quanto mais nessas condições, mas seria possível recolocar sua família nos trilhos outra vez, nesse caso, era cumprimento de uma profecia e não poderia ocorrer de outra forma.
Fica a lição para nós hoje, a Escritura ensina que nós temos de reverenciar, ou honrar, pais que nos corrigem, mesmo quando eles fazem isso de forma imperfeita e às vezes mediante seus próprios padrões. Errar é humano, persistir no erro é burrice, reza o dito popular e é verdadeiro nessa situação, caso tivesse usado sua queda como lição e ensinar os seus teria poupado muita dor. Disciplina sempre parece ser dolorosa na hora, mas no fim produz frutos (Hb 12.11). Uma disciplina bem-sucedida requer paciência, persistência e uma visão clara do objetivo. Disciplina nem sempre significa fazer coisas para e por seus filhos. Às vezes pode significar exigir que eles façam coisas essenciais por si mesmos

APLICAÇÃO PESSOAL

Os pais são responsáveis pelos filhos que Deus concedeu e devem prestar contas dessas almas que lhes foram confiadas.
Pelo exemplo é que educamos para uma vida saudável, cercando com cuidados e policiando como andam nesse mundo corrompido, para não perdê-los para os Jonadabes da vida.
Não estamos aqui para criar filhos, mas para educá-los ( ensina o pequeno no caminho que deve andar), construindo tabernáculos do Espirito Santo, sólidos, arraigados e edificados na Palavra do Senhor.
Não podemos permitir que o mundo, a carne e satanás nos arranquem aqueles que Deus nos confiou. Cabe a nós ensiná-los no caminho em que devem andar.

Uma advertência
Ao se arrepender do seu pecado, Davi recebeu imediatamente o perdão divino (2Sm 12.13), contudo, o rei não foi poupado das conseqüências. Seus atos provocaram uma série de tragédias que provavelmente jamais teriam sido provocadas, não fosse a irracionalidade do seu pecado. Essa história nos serve como séria advertência quanto à nossa responsabilidade pelas decisões que tomamos. O perdão divino sempre estará disponível para aqueles que pecam, mas Deus não desviará de nós os implacáveis resultados dos nossos pecados.
Apesar das suas tão evidentes falhas, a Bíblia apresenta Davi como um exemplo para aqueles que são fiéis a Deus.
“Compreenda e veja como é mau e amargo abandonar o Senhor, o seu Deus, e não ter temor de mim” (Jr 2.19).
N’Ele,
Francisco de Assis Barbosa, [ton frère dans Le sauvateur Jésus Christ]
Professor da EBD na IEAD Ministério do Belém em São Caetano do Sul, SP

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA
- FINNEY, C. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2001.
- Bíblia de Estudo DAKE, CPAD-Ed Atos
- Bíblia de Estudo Genebra, Ed Cultura Cristã – SBB;
- Bíblia de Jerusalém – Nova Edição, Revista e Ampliada – Paulus;
- Dicionário Vine – CPAD
- http://ogideao.blogspot.com/2009/10/etico-em-meio-aos-volateis.html