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29 de julho de 2010

Lição 6 - Profetas Maiores e Menores



08 de agosto de 2010

TEXTO ÁUREO

"E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lc 24.27).

- O cumprimento das profecias não é um acidente, elas revelam os propósitos do Senhor. A morte e ressurreição de Jesus foram preditas nas Escrituras, como também, um chamado ao arrependimento e a remissão dos pecados. Os profetas sabiam que o Messias viria, embora não soubessem quando e como (Is 7.14; 9.6; 11.1; Dn 12.6,9). Moisés profetizou que um dia um profeta como ele apareceria; para os judeus, ninguém era maior do que Moisés, mas eles sabiam que Deus levantaria outro profeta como Moisés; quando os fariseus perguntaram se João Batista era o ‘profeta’ (Jo 1.21), eles se referiam a Dt 18.15: “ O SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;”.

VERDADE PRÁTICA

Embora sejam classificados em maiores e menores, os profetas do Antigo Testamento foram todos, de igual modo, inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 9.25-29

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Explicar a interpretação apostólica na citação de Oséias e Isaías;

- Classificar os livros proféticos da Bíblia, e

- Conscientizar-se de que conhecer a organização dos livros da Bíblia é requisito básico para o aprofundamento do conhecimento bíblico.

PALAVRA-CHAVE

LITERATURA: - Conjunto de trabalhos literários de um país ou época.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Nossa lição de hoje objetiva despertar-nos a atenção para a organização do texto bíblico. Houve entre o povo os profetas orais, ou melhor, os que não escreveram suas mensagens, e os profetas literários, estes divididos em dois grupos: Profetas Maiores (cinco) e Profetas Menores (doze). Foram assim classificados por Agostinho[1] em virtude do volume de seus escritos. O estudo sistêmico das Escrituras é a chave para um fiel entendimento. Temos aprendido que os santos profetas falaram o que Deus queria transmitir à humanidade, e em muitos casos, encontramos oráculos que apontam um mesmo acontecimento sendo proferidos por profetas distintos, Sofonias e Jeremias, por exemplo. É preciso compreendermos a organização dos livros proféticos e, conseqüentemente, de toda a Bíblia, a fim de que tenhamos uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos. Neste subsídio, faremos uma exegese do texto da Leitura Bíblica em Classe e um resumo dos livros proféticos. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. OSÉIAS - O PROFETA MENOR

1. Oséias em o Novo Testamento. Oséias (hb הוֹשֵׁעַ, Hošea, Salvação do/é o Senhor; gr σηέ, Ōsēe), profeta em Israel no século VIII a.C., filho de Beeri. Casado com a prostituta Gomer, filha de Diblaim, por ordem de Deus, viveu no Reino do Norte durante o período de 780 a 725 a.C. A vida familiar de Oséias refletia a relação ‘adúltera’ que Israel havia construído com os deuses cananeus. Os nomes de seus filhos lhes transformaram em profecias ambulantes da queda da dinastia dominante e do pacto rompido com Deus - de maneira muito semelhante ao profeta Isaías uma geração mais tarde. Oséias freqüentemente é visto como um ‘profeta do destino’, porém sob sua mensagem de destruição está uma promessa de restauração. O Talmude[2] (Pesachim 87a) alega que ele teria sido o maior profeta de sua geração (que incluiu o mais notório Isaías). Os escritos sagrados hebraicos são conhecidos como Tanakh, escritos em hebraico e em aramaico a partir do século XVI e até o século V a.C. Tanakh ou Tanach (hb תנ״ך) é um acrônimo[3] utilizado dentro do judaísmo para denominar seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia Judaica. O conteúdo do Tanakh é equivalente ao Antigo Testamento, porém com outra divisão. O Tanach é às vezes chamado de Mikrá (מקרא). Paulo fundamentava sua pregação e seu ensino na Torah (Lei) e nos Neviim (Profetas) e dizia que não pregava outra coisa senão o que “os profetas e Moisés disseram que devia acontecer” (At 26.22). Escrevendo aos Romanos (9.25), ele cita Oséias 2.23 e 1.10 que em sua composição original referem-se à restauração do Israel apóstata à Deus, para nos ensinar que há um Israel espiritual (a igreja) além de um Israel nacional fazendo referência ao texto do profeta. Ele faz referencia, ainda, à Is 10.22, 23 e 1.9 para falar da misericórdia divina em preservar um remanescente do Israel físico, não deixando a nação apóstata ser aniquilada. Ele claramente cita os livros proféticos em ordem sistêmica – Profetas Menores e Profetas Maiores.

2. A vocação dos gentios prevista em Oséias. A narrativa desse livro mostra a evidente misericórdia divina em seu tratamento com os gentios; Paulo defende seu ensino afirmando que nem todos os que são chamados para ser ‘vasos de misericórdia’ pertence ao Israel físico, mas ele via em Oséias a inclusão dos gentios (Rm 9.24-26). O apóstolo encarava as profecias do AT sobre a nação de Israel como realizadas na Igreja, o novo Israel espiritual.

3. A interpretação apostólica.As Escrituras do NT descrevem Oséias como o responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo. Mateus vê em 11.1, uma profecia que foi cumprida quando Jesus, quando bebê, foi literalmente levado e trazido do Egito, um paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo (Mt 2.15). O autor aos Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus (Os 14.2; Hb 13.15). A Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de Deus agora são admitidos a um relacionamento com Ele (Os 1.6,9; 1Pe 2.10). A Paulo, Jesus cumpre a promessa de Oséias de que alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da ressurreição (Os 13.14; 1Co 15.55). Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o noivo e a Igreja como noiva correspondem à cerimônia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num permanente relacionamento com Israel (Os 2.19,20; Ef 5.25-32). Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p. 852.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O livro de Oséias tem sua autoridade escriturística reconhecida pelo apóstolo Paulo, que vê neste livro prevista a vocação dos gentios como povo de Deus.

II. ISAÍAS - O PROFETA MAIOR

1. Explanação apostólica (v.27). Paulo aplica a profecia de Isaías 10. 22, 23 e 1.9 para confirmar que Deus, em sua misericórdia, preservou um remanescente do Israel físico. Se não houvesse agido assim, toda a nação apóstata teria perecido. Isaías profetizou que uns poucos judeus seriam salvos e Paulo, conhecedor dessa profecia, em todos os lugares que pregou, antes se dirigiu às Sinagogas e pregou aos judeus, embora, poucos aceitaram a mensagem do Evangelho. Romanos 9.27, 28 refere-se a Isaías 10.22, 23 e Romanos 9.29, a Isaías 1.9.

2. O cumprimento das promessas de Deus (v.28). Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Ele afirma que a promessa de Deus para Israel não falhou, ela era apenas para os fiéis da nação (Gn 12.1-3; 17.19). A maior parte dos judeus não pôde crer, porque suas decisões no tocante a Jesus produziram o seu endurecimento da parte de Deus. As promessas de Deus nunca deixam inalteradas as pessoas que se recusam a ouvir, arrepender-se e crer. O apóstolo Paulo diz que Israel foi afastado (quebrado) por causa da sua incredulidade (Rm 11.20; cf. Sl 95.8; Hb 3.8). Mesmo assim, o endurecimento não foi permanente para cada indivíduo naquela nação. Todo aquele que cria, recebia a vida eterna. Na realidade, muitos em Israel chegaram a crer depois do Pentecoste (At 2.41).

3. A graça de Deus prenunciada por Isaías (v.29). Paulo apresenta a idéia de uma descendência tirada de um grupo maior, como uma expressão da graça divina, fazendo alusão a Isaías 1.9. O destino das cidades impenitentes tipifica o terrível juízo divino contra os irreconciliáveis. Paulo argumenta, com isso, que todas as pessoas do mundo são condenáveis diante de Deus e adverte os judeus a reconhecerem a graça de Deus e a converterem-se ao Senhor, a fim de serem salvos (Rm 3.9,23,30; Gl 3.22).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

O profeta Isaías é referido pelo apóstolo como autoridade escriturística em relação à rejeição de Israel.

III. CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS

O Antigo Testamento é a primeira das duas principais partes da Bíblia, e contém 39 livros, classificados em quatro grupos: Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos. Essa ordem é padronizada, aqui, no ocidente, pois em outros cânones há alterações, ainda mais nos outros ramos do cristianismo como os católicos romanos, ortodoxos, armênios, etíopes, cópticos, siríacos e nestorianos, que incluem os livros apócrifos[4], e em alguns casos os pseudo-epígrafos[5]. O Antigo testamento Hebraico não contém os apócrifos, porém, estão arranjados de forma diferente.

1. Os Profetas Maiores. A ordem dos livros proféticos é um consenso de consideração quanto à extensão, data e autoria dos livros. Isaías, Jeremias e Ezequiel, obviamente os ‘profetas maiores’, estão listados em ordem cronológica no início da coleção. Apesar de o livro de Lamentações conter apenas cinco capítulos e o de Daniel doze, ambos pertencem ao grupo dos profetas maiores.

2. Os Profetas Menores. Os livros relativamente curtos, que na Bíblia Hebraica são tidos em conjunto como um único livro, seguem os Profetas Maiores sem uma ordem cronológica rígida.

3. A autoridade do ministério profético do Antigo Testamento na Nova Aliança. As palavras dos profetas são a mensagem de Deus ao seu povo. O assunto do Antigo Testamento é a redenção humana. O Antigo Testamento não é um tratado de Teologia Sistemática, mas a teologia está presente do começo ao fim, nos relatos históricos, nas poesias, nas profecias, nos preceitos morais e cerimoniais. É, portanto, a fonte de toda a teologia. Não é também um compêndio sistemático da fé de Israel em Deus, cujo clímax dessa revelação é Jesus (Jo 1.18). Toda a história do Antigo Testamento mostra como Deus operou no processo da redenção humana. Registra o relacionamento de Deus com o homem até que o plano de redenção fosse realizado na cruz do Calvário. O AT era aceito pelos primeiros cristãos como coletânea de livros inspirados por Deus (2 Tm 3.16). Os cristãos e os judeus preservaram o Antigo Testamento até os nossos dias. A Igreja usou essa parte das Escrituras para a evangelização no seus primeiros dias (At 17.2,3; 24.14; 26.22). O fato de esses cristãos serem judeus justificaria a preservação de suas Escrituras, mas essa preservação não foi só por isso. Além disso, eles reconheciam-na ainda como o núcleo básico de sua fé ampliada em Jesus. O NT apresenta com muita freqüência o AT como a base para a fé cristã. (SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.23-4). Paulo citando Oseias e Isaías, reconhece a inspiração e a autoridade divinas de ambos.

(III. CONCLUSÃO)

A Escritura Sagrada classifica os livros proféticos em dois grupos: maiores e menores, que têm sua autoridade escriturística reconhecida por Jesus e seus apóstolos. De uma forma ou de outra todos os profetas se empenharam numa mensagem de restauração e a promessa de uma paz eterna. Essa mensagem tem como objetivo anunciar o Messias, às vezes chamado de Emanuel, Servo do Senhor, Raiz de Jessé, ou seja, Filho de Davi. O principal objetivo da pregação nos tempos apostólicos foi por excelência identificar o Cristo de Nazaré com todos esses títulos.

[1] Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 — Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor,teólogo, filósofo e Doutor da Igreja. Uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Ele aprofundou o conceito de pecado original e desenvolveu o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem.

[2] O Talmude (hb תַּלְמוּד, Talmud) é um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em importância apenas para a Bíblia hebraica.

[3] Acrônimo ou sigla, é uma palavra formada pelas letras ou sílabas iniciais de palavras sucessivas de uma locução, ou pela maioria destas partes. A palavra acrônimo deriva do grego: άκρος, "extremo" + νομα, "nome"). νομαστική. O acrônimo é pronunciado como uma palavra só, respeitando a estrutura silábica da língua.

[4] O termo ‘apócrifo’ foi cunhado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que não foram inspirados e que não fazem parte de nenhum cânon.

[5] Pseudepigrafia (do grego ψευδεπιγραφία) é o estudo dos pseudepígrafos ou pseudo-epígrafos, que são textos antigos, aos quais é atribuída falsa autoria.

APLICAÇÃO PESSOAL

Deus considera a fé dos crentes, hoje, maior do que a daqueles que viram e ouviram Jesus pessoalmente, até mesmo depois da sua ressurreição. Os crentes de hoje, embora nunca o tenham visto, amam-no e crêem nEle pelo que nos é revelado nas Escrituras Sagradas: ‘Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada’ (1 Pe 1.10). Conforme disse Jesus, há uma bênção especial para ‘os que não viram e creram’(Jo 20.29). Vivendo por fé, recebemos a alegria como um dom de Deus para nós (Sl 16.11; Jo 16.24; Rm 15.13; Gl 5.22).

Os anúncios proféticos estão, em geral, direcionados para algum momento no futuro do povo ou da comunidade, em razão do que são entendidos como escatológicos. Não se trata, porém, de um juízo final da história, mas do anúncio de uma intervenção divina na realidade histórica, entendida como o ‘dia de Yahveh’ (Am 5,18-20), no qual a divindade promoveria transformações substanciais na história do povo. Essa intervenção divina é entendida por alguns profetas como historicamente mediada, por exemplo através de uma potência estrangeira (Assíria ou Babilônia), afirmada como braço estendido de Deus para julgar o povo (Is 10,5; Jr 36). De uma forma geral, a opressão dos pobres, viúvas, órfãos, a violência contra os humildes e o desprezo do direito divino (mishpat) e da justiça (sedaqah) são apresentados como motivos para o anúncio do juízo divino.

Anannias e Safira (At 5.1-11) foram um modelo negativo, um exemplo de como Deus vela pelo cumprimento de sua Palavra. Pela hipocrisia de Ananias, Deus trouxe o castigo merecido; uma resposta imediata, severa e final. ‘Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.’ (Ec 5. 4,5), Conferir também Dt 23.21-23). Deus leva a sério a pureza da igreja. Essa foi uma lição precoce e inesquecível acerca de como Deus vê o pecado na comunhão dos crentes. Em essência, Deus estava dizendo: ‘Eu não estou brincando de igreja; não brinco com pecadores; não estou interessado em ser amigável. Desejo retidão, verdade e corações sinceros’. Com isso, Ele testemunhou estar realmente falando com sinceridade. A igreja não é um ‘clube’ social. O resultado desse episódio foi: ‘E sobreveio grande temor a toda a igreja’ (At 5.11). Naquele dia houve um cuidadoso auto-exame entre todos os que estavam ligados à Igreja de Jerusalém. Muita gente, para agradar o próximo e ter sua aprovação, sacrifica sua fé, suas convicções e age contrariamente à Palavra. Os tais estão prontos para juntar-se à maioria (cf. Dn 11.32,34) e ficar ao lado da opinião dos grandes ou das massas. O crente não pode obter vitória sobre o receio dos homens e o desejo de reconhecimento da parte deles sem a fé (1 Jo 5.4); a fé que vê a Deus, a Cristo, o céu, o inferno, o juízo e a eternidade, como realidades básicas (Ef 3.16-19; Rm 1.20; Hb 11). Esse alicerce é fortalecido pelo escrutínio sistemático das Sagradas Escrituras. Em Romanos 10.17: ‘A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus’, e o mesmo texto diz: "16 Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? 17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. 18 Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu a voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo. 19 Mas digo: Porventura Israel não o soube? Primeiramente diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, Com gente insensata vos provocarei à ira. 20 E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, Fui manifestado aos que por mim não perguntavam. 21 Mas para Israel diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente’. É preciso compreendermos não só a organização dos livros proféticos mas, de toda a Bíblia, a fim de que tenhamos uma base sólida para prosseguir na carreira que nos foi proposta. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas!

N’Ele, que me leva a refletir: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- MacArthur, John. Com Vergonha do Evangelho, Editora Fiel, 1997;

- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p. 852

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001

- SOARES, Ezequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, CPAD, 2003, p.234;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;

- http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo;

- Imagem: (Isaiah's_Lips_Anointed_with_Fire.jpg).

EXERCÍCIOS

1. Qual o primeiro livro dos Profetas Maiores e dos Profetas Menores?

R. Os livros de Isaías e Oseias.

2. Qual é a ordem dos livros proféticos em nosso Cânon?

R. Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel. Profetas menores: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

3. Por que esses livros são chamados de "Profetas Maiores" e "Profetas Menores"?

R. Porque estas designações estão de acordo com o conteúdo literário dos livros.

4. Como é considerado o material literário dos profetas menores no Cânon Judaico?

R. Como um só livro.

5. Quais os profetas maiores e menores mencionados por nome em o Novo Testamento?

R. Maiores: Isaías, Jeremias e Daniel; Menores: Oseias, Jonas e Joel.

21 de julho de 2010

Lição 5 – A Autenticidade da Profecia


01 de agosto de 2010

TEXTO ÁUREO

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5.2).

- Belém significa ‘Casa do Pão’ e é o lugar onde surgiu a dinastia davídica (1Sm 16.1-13), e na ‘Casa do Pão’ o ‘Pão da Vida’ nasceu para o mundo. Muitos dos contemporâneos de Jesus entenderam isso como messiânico e creram que o Messias nasceria em Belém; Efrata poderia ser traduzido para o português como um lugar onde inclui uma cidade. Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35.19), e para distingui-la da Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17.7) e a cidade de Davi (Lc 2.4); foi no poço da cidade que três de seus

guerreiros pegaram a água levada a ele, quando teve se esconder na caverna de Adulão. (Sm 23. 13-17). Mq 5.2 encerra uma das maiores profecias messiânicas proclamada 700 anos antes de Jesus nascer. Deixa transparecer, ainda, a eternidade do Messias: ‘...desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’, as raízes do Messias ultrapassam o rei Davi, vão até a imensurável eternidade.

VERDADE PRÁTICA

A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Isaías 53.2-9

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história;

- Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo, e

- Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.

PALAVRA-CHAVE

AUTENTICIDADE: - Relativo a autêntico. De origem ou qualidade comprovada; genuíno, legítimo, verdadeiro.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Jamais houve um livro na história da humanidade que tenha influenciado tanto quanto a Bíblia. Ela continua sendo o livro mais freqüentemente traduzido nos mais diversos idiomas e dialetos. Talvez, por este motivo, seja inquestionável que a Bíblia assuma a posição de Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado. Mas qual evidência palpável para apoiar esta crença? Seria sem fundamento esta fé? O que podemos utilizar como argumento para provar às pessoas que têm dúvidas sobre a inspiração da Bíblia? A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração. No dizer de Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2Tm 3.16,17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar a Palavra de Deus (1Co 2.10-13). Pedro testifica que os profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo (1Pe 1.11,12; 2Pe 1.20,21). Os próprios profetas declararam que estavam falando as palavras de Deus (Jr 1.2, 4, 9). O cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito de fatos históricos hoje confirmados pela arqueologia, constitui-se uma prova irrefutável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Hoje, analisaremos o conteúdo messiânico, especificamente, registrados em Isaías 53. Deus é o Senhor da história e nunca perde o controle desta. Essa certeza é um bálsamo em nossa jornada, onde as vicissitudes nos tentam e querem nos fazer parar. Boa aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O DESPREZO DO SENHOR

1. A apresentação do Senhor. Esta apresentação tem seu início em 52.13 "Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime". O ápice do livro de Isaías é a mais sublime profecia messiânica no AT. Isaías está falando acerca de Jesus, o ‘Servo Sofredor’. Esta passagem é citada ou referida muitas vezes no NT. Os sofrimentos de Cristo no lugar de suas ovelhas lhes concede a vida eterna. Apresentando-O como ‘raiz de uma terra seca’, ‘desprezado... rejeitado’, ‘ferido de Deus’, a perícope de Isaías, trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).

2. A mensagem do Senhor. É difícil compreender a reação de admiração diante do ensino de Cristo acoplada à persistente descrença e rejeição pelos judeus (Lc 4.22,28); A mensagem que Jesus transmitia com tanta autoridade era contrastante com os fariseus e doutores da Lei, os quais apelavam para a tradição e rabinos anteriores; Jesus causa estupenda admiração em seus ouvintes por não citar nenhuma tradição nem autoridade; Ele mesmo era o Logos de Deus. Uma discrição desse Logos dificilmente poderia começar mais apropriadamente do que com Jo 1.1. Ecoando a Septuaginta, João usa Gn 1.1 - “no princípio”. Não somente a divindade é afirmada nessas palavras, mas João repete a idéia no final do versículo: “O Logos era Deus”. No dizer de Paulo, escrevendo aos Efésios (3.9): “Deus criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo”, e aos de Colossos ele afirma que Cristo criou todas as coisas, e mais explicitamente que Cristo “organizou o universo” (Cl 1.16,17). Cristo, o Logos, organizou o universo! Jesus fala em seu próprio nome e em sua própria autoridade, diferentemente dos mestres judeus. A Bíblia de Estudo Plenitude comentando a Palavra ‘poder’(exousia) utilizada em Mc 3.15, diz o seguinte: “[...] Uma das quatro palavras para ‘poder’ (dunamis, exousia, ischus e kratos), exousia significa a autoridade ou direito de agir, habilidade, privilégio, capacidade, autoridade delegada. Jesus tinha exousia de perdoar o pecado, curar doenças e expulsar demônios. Exousia é o direito de usar dunamis, ‘poder’. Jesus deu a seus seguidores exousia para pregar, ensinar, curar e libertar (Mc 3.15), e essa autoridade nunca foi rescindida (Jo 14.12)-Bíblia de estudo Plenitude, SBB, 2001, PC Mc 3.15, p.999. Jesus causou admiração por falar com exousia, e não obstante isso, o capítulo 53 de Isaías inicia com a pergunta: "Quem deu crédito à nossa pregação?", apontando para a rejeição da mensagem do Messias. Até mesmo sua família, aqueles que humanamente estavam mais próximos dele, interpretou mal seu zelo como desequilíbrio mental ou emocional (Mc 3.21).

3. A aparência e a rejeição do Senhor. Freqüentemente existe uma sutil tensão entre a idéia de Jesus como um modelo de perfeição física e mental e a idéia expressada em Isaias de que “olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos” (Is 53.2). Há algumas questões intrigantes nesta passagem. O que Isaías quis dizer quando falou que o Messias não teria “boa aparência?”. Devemos considerar que o Jesus mortal pode ter tido uma aparência que fosse diferente do Senhor fisicamente perfeito e ressuscitado? Acredito que o comentário do autor é impreciso quanto à intenção do profeta Isaias em retratar Jesus como um homem comum. Entendo que Isaías não apresenta um retrato do Messias; ‘Não tinha parecer... para que o desejássemos’ lamenta a sua morte. O julgamento e a crucificação de Jesus não são algo a ser desejado, muito embora, Tiago e João, filhos de Zebedeu dissessem que seriam capazes de beber do mesmo cálice que o Senhor (cálice aqui refere-se à morte de Jesus) e realmente aqueles dois sofreram; Tiago foi o primeiro dos apóstolos a ser martirizado e João em sua velhice sofreu perseguição e exílio. O que nos acostumamos a ver em quadros pintados e produções de cinema é uma visão de artistas ocidentais de como seria o Cristo, geralmente baseada em suas próprias culturas e não na cultura da Palestina do primeiro século. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas certamente não é essa pintada pelos artistas.

A rejeição narrada em Isaias enfoca muito mais a aversão à mensagem de Cristo e às verdades que Ele proclamava a seu respeito. Isaias profetizou um panorama do ministério de Cristo que não teria a aceitação da sociedade judaica e sim o seu desprezo, culminando na morte de cruz. A rejeição do Senhor pode ser entendida à luz de Jo 1.5: “... e as trevas não a compreenderam.” Essencialmente, a Luz e as trevas são antagônicas; vida e luz são a essência da missão do Logos encarnado. Ele é a luz verdadeira para todos os que crêem; mas também, Ele é a Luz que clareia a consciência humana e, dessa forma, deixa o pecado exposto e os homens inescusáveis diante de Deus: "A Luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas." (Jo 3.19,20).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência, rejeição e mensagem do Senhor.

II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

1. O sofrimento sem igual de Jesus. O Servo Sofredor é reputado como ‘ferido de Deus’ em Is 53.4, e a Lei diz “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21.23). Quando tornou-se realidade, os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angustia era por seu povo (1Pe 2.24). Cristo sofreu a maldição do pecado, aceitando a punição que os nossos pecados mereceram, provendo perdão e liberdade. Esse extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não teórica. Somente aquele que tinha sido tentado de todas as maneiras possíveis, como nós, podia ser o misericordioso sumo-sacerdote (Hb 2.17,18).

2. O silêncio de Jesus. Em obediência e submissão completa ao Pai, o Servo Sofredor em seu julgamento e morte é comparado ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele "não abriu a sua boca" (v.7), sendo morto como resultado de uma injustiça. Em At 8.32, Filipe discorre sobre esta passagem explicando-a ao eunuco etíope, levando-o a converter-se a Cristo.

3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Cristo morreu como um sacrifício propiciatório, que satisfaz o julgamento divino contra os pecadores, produzindo perdão e justificação e trazendo a reconciliação de partes que estavam alienadas entre si. A expiação realiza-se por ressarcir os danos, apagando os delitos e oferecendo satisfação pelas injustiças cometidas. A continuação do versículo (“E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte;”) profetiza o seu sepultamento decente e honrado na tumba de José de Arimatéia, o que verdadeiramente aconteceu, fato esse ratificado pelos quatro evangelhos que citam a José de Arimatéia como quem assumiu o papel de líder no sepultamento de Jesus, mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à paixão e sofrimento de Cristo

III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO

1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, cerca de setecentos anos antes de Cristo, fez declarações incrivelmente acuradas sobre os fatos da crucificação e o seu propósito. O capítulo 53 fala do sofrimento vicário do Servo Sofredor e a sua morte sobre a cruz em oferta infinita pelos pecados da humanidade. A palavra “vicário”, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, procede do latim “vicarius” e significa “o que faz às vezes de outro” ou “o que substitui outra coisa ou pessoa”. Morte vicária e morte substitutiva são expressões equivalentes (Jo 3.16). Alguns textos bíblicos consolidam a fé no sacrifício vicário, isto é, substitutivo da morte de Jesus. Paulo diz, em Rm. 3.25 e 5.6, que, pelo sangue de Cristo, Deus propôs propiciação pelos nossos pecados a fim de que fôssemos reconciliados com Ele. Aos Efésios (1.7 e 5.2), ele afirma que Jesus ofereceu a si mesmo como oferta agradável a Deus pelos nossos pecados. Aos de Colossos, ele ensinou que temos paz pelo sangue da cruz (Cl 1.14,20,22). Ele (Jesus) assumiu a posição de vítima no sacrifício, tomando sobre Si as nossas enfermidades, as nossas dores. Tornou-se Ele o ferido de Deus e oprimido (Is 53.4). Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (v.5), ou seja, assumia a condição da vítima dos sacrifícios da lei, levando a culpa do ofertante sobre Si (v.6). O profeta afirma que não houve apenas sofrimento, mas morte, pois foi levado como cordeiro ao matadouro (v.7), sendo cortado da terra dos viventes (v.8), devidamente sepultado (v.9), embora fosse justo. Sua morte representou verdadeira expiação do pecado (v.10), que teria o agrado do Senhor e representaria a justificação de muitos (v.11), a ponto de levar sobre Si o pecado de muitos e de poder interceder pelos transgressores, embora, para tanto, tivesse tido de ser contado com eles (v.12).

2. Os nossos pecados. Na Antiga Aliança, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Jesus assumiu essa posição e ofereceu-se pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro oferecido pelos pecados da humanidade (Jo 1.29). O Messias sofreu por nós a fim de nos tornar aceitáveis a Deus. Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.10,11b), pois Cristo foi ‘entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus’(At 2.23).

3. A humildade e o amor de Jesus Cristo. Filipenses 2.6-11 é o texto clássico da cristologia na Bíblia. Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura, mas o próprio Criador – esvaziou-se "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Espírito Santo. Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16). Ele sempre foi adorado pelos anjos nas coortes celestiais. William Barclay[1] diz que esta é a passagem mais importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus. O contexto revela-nos que Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os crentes à unidade. Ou seja, Paulo está expondo seu pensamento teológico mais profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja. A doutrina é a base para a solução dos problemas que atacam a igreja. William Barclay afirma: Em Paulo sempre se unem teologia e ação. Para ele, todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida. Em muitos aspectos esta passagem é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento, mas toda a sua intenção está em persuadir e impulsionar os Filipenses a viverem uma vida livre de desunião, desarmonia e ambição pessoal.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

As lições doutrinárias do sacrifício de Cristo abrangem nossas dores, enfermidades, nossos pecados, a humildade e o amor de Jesus Cristo.

(III. CONCLUSÃO)

Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7). As profecias bíblicas atinentes ao Messias e sua missão foram cumpridas cabalmente na pessoa de Jesus e são a confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. Muitas profecias do Antigo Testamento tiveram seu cumprimento no próprio Antigo Testamento, outras, se cumpriram no Novo Testamento e, outras tem se cumprido no passar dos séculos. É impressionante a maneira como se cumprem as profecias da Bíblia. O que Deus disse sucederá. “Disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir.” (Jr 1.12).

[1] William Barclay (5 de dezembro de 1907, Wick – 24 de janeiro de 1978, Glasgow) foi um escritor, apresentador de rádio e televisão, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow. Era um universalista, e não acreditava em milagres.

APLICAÇÃO PESSOAL

O que significa humildade? Paulo dá-nos uma pista por via de contraste. Não faça nada por egoísmo ou vanglória. Todos sabemos muito bem o que é o egoísmo. Vanglória é um falso orgulho: orgulho numa situação ou num momento em que não há razão alguma para ser orgulhoso. Há coisas das quais deveríamos estar verdadeiramente vaidosos: do evangelho, de nossas crianças... Porém, a maioria das pessoas orgulha-se de seu alto intelecto, de sua posição econômica superior, da boa aparência; geralmente, destinando os dons e as bênçãos de Deus para suas próprias realizações, usurpando os méritos de quem é devido. Sendo assim, humildade é, a princípio, não ser egoísta, nem falsamente orgulhoso. Humildade, continua o apóstolo, no versículo 4, significa buscar - não meramente buscar nossos próprios interesses - como também, os interesses dos outros. Diga-se de passagem, os nossos próprios nós vemos naturalmente, mas os dos outros... Façamos uma analogia. Se percebermos algo voando, tentando entrar em nossos olhos, é absolutamente natural e instintivo evitarmos que aquilo nos penetre. Entretanto, é menos provável que reajamos instintivamente para proteger as pessoas ao nosso redor (exceto os familiares).

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles” (Is 8.20). A profecia, conforme conhecemos na Bíblia, significa oráculo e o profeta, vidente. Dependendo da situação profecia quer dizer proferir, anunciar uma mensagem. O profeta bíblico é aquele que recebe uma mensagem do Altíssimo e a transmite para o destinatário. As profecias que hoje são enunciadas por meio do charisma. Embora válidas para a exortação, consolação e edificação dos fiéis, não possuem valor canônico: não tem a validade das profecias registradas na Bíblia, nem tem autoridade para modificar qualquer dogma ou artigo de fé baseado nas Escrituras. Elas têm de passar pelo crivo da Bíblia Sagrada para serem recebidas pela congregação (1Co 15.26-40).

Paulo diz que os dons são dados a cada um para o que for útil – ou o bem comum (1 Co 12.7). A profecia é um dom (1 Co 12.10) e que Deus dá a cada um como quer (1 Co 12.11). Fazendo uma analogia com o corpo humano Paulo deixa claro que não há hierarquia entre os dons e ninguém é maior por portar um deles (1 Co 12.12-30). É permitido procurar os melhores dons (1 Co 12.31), manda aspirar ao de profetizar (1 Co 14.10). "Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18). À guisa de Rm 12.1,2, deve haver uma constante exposição doutrinária perante a congregação a fim de não permitir a conformação de muitos com o mundo. ‘Profecia’ aqui encerra o sentido de ‘visão’ e ‘revelação’ e afirma que a vontade revelada do Senhor e suas justas exigências conforme explícitas nas Escrituras, são o meio pelo qual o homem pode permanecer bem-aventurado. Deixa, ainda, uma solene advertência: Os que não permanecerem na Sua benignidade serão cortados.

N’Ele, que me leva a refletir: "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10.4),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 3º Trim – Livro do Mestre – versão eletrônica, CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo de Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001

- RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;

- http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo;

- Imagem: (Controle).

EXERCÍCIOS

1. Quem é o Servo do SENHOR em Isaías 52.13 - 53.12?

R. O Senhor Jesus Cristo.

2. Em que texto bíblico no Novo Testamento afirma-se que as pessoas não criam em Jesus?

R. Jo 12.37,38 e Rm 10.16 afirmam que muitos não criam nEle e até mesmo os de sua casa não compreenderam seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).

3. Que tipo de cura alcança a obra da expiação?

R. Cura física e a espiritual.

4. Por que Jesus sofreu?

R. Porque agradou a Deus "moê-lo, fazendo enfermar", colocando-o por expiação do pecado.

5. O que nos mostra a autenticidade da profecia bíblica?

R. As profecias messiânicas já cumpridas