VOCÊ PODE AJUDAR O BLOG: OFERTE PARA assis.shalom@gmail.com

UM COMENTÁRIO APROFUNDADO DA LIÇÃO, PARA FAZER A DIFERENÇA!

Em 2024, Estará disponível também o comentário da revista de jovens, na mesma qualidade que você já conhece, para você aprofundar sua fé e fazer a diferença.

Classe Virtual:

SEJA MANTENEDOR!

Esse trabalho permanece disponível de forma gratuita, e permanecerá assim, contando com o apoio de todos que se utilizam do nosso material. É muito fácil nos apoiar, pelo PIX: assis.shalom@gmail.com – Mande-me o comprovante, quero agradecer-lhe e orar por você (83) 9 8730-1186 (WhatsApp)

4 de dezembro de 2010

Lição 11 – A Oração que conduz ao Perdão


12 de dezembro de 2010

(D i a d a B í b l i a)

TEXTO ÁUREO

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.10).

- Este é um salmo de confissão e conforme se lê no seu título, sua autoria é atribuída a Davi, e faz referência ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de homicídio. Notemos que este salmo foi escrito por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi privado da comunhão e da presença de Deus. Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria. A lição que nos transmite é de esperança e conforto; todos que pecaram gravemente e que estão opressos por sentimento de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante de Deus, se o buscarem conforme a natureza e a mensagem deste salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus, num coração verdadeiramente quebrantado e arrependido e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos nossos pecados (1Jo 2.1,2). Todos os crentes precisam que o Espírito Santo crie neles um coração puro que aborreça a iniqüidade, e um espírito renovado e disposto a fazer a vontade de Deus. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas e nos restaurar à verdadeira santidade (Jo 3.3; 2Co 5.17).

VERDADE PRÁTICA

Um espírito quebrantado em oração é um poderoso instrumento para restaurar a comunhão com Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Salmo 51.1-13

OBJETIVOS:

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Conscientizar-se de que o pecado afasta o homem de Deus.

- Compreender que para obter o perdão divino é necessário reconhecer e confessar o pecado.

- Saber que o perdão de Deus está à disposição de todos os que arrependidos confessam o seu pecado e o deixam.

PALAVRA-CHAVE

PERDÃO

[Do grego aphensis]. Remissão de culpa, dívida ou pena = desculpa; Absolvição, indulto; Benevolência, indulgência. Interjeição: Fórmula que exprime um pedido de desculpas.

- Nesta lição: ‘Perdoar ou remir os pecados de alguém’.

COMENTÁRIO

(I. INTRODUÇÃO)

Sabemos que orar é conversar com Deus; oração é a comunicação com Deus. É um diálogo entre duas pessoas que se amam mutuamente: Deus e o homem. Deus está interessado em tudo o que você faz, assim sendo, Ele tem prazer na oração dos seus filhos (Pv 15.8). Comunicar-se com Deus é um dos grandes privilégios dos que se tornam filhos de Deus, assim como a Palavra de Deus, a oração é um dos elementos básicos da vida cristã. ‘Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a ele’ ( Sl 4.3). A oração é um grande privilégio. ‘Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno’ (Hb 4.16). Deus é acessível! A Bíblia afirma no Salmo 65:2: ‘Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne’. Deus está disposto a escutar e responder às nossas orações! É isso o que afirma Mateus 7.11: ‘Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?’. Davi foi um homem que certamente amava a Palavra de Deus e a oração, porém ele não era imune à tentação e ao pecado. No auge do seu reinado transgrediu a Lei do Senhor cometendo um adultério e um assassinato. Todavia, depois de ser advertido pelo profeta Natã reconheceu a sua iniqüidade e transgressão: Pequei contra o Senhor (2 Sm 2.13). Davi trilhou o caminho que todo pecador deve percorrer para ser restaurado: arrependimento, confissão do pecado e abandono da prática. Boa Aula!

(II. DESENVOLVIMENTO)

I. O PECADO NOS AFASTA DE DEUS

- Os começos do pecado: - A Bíblia refere-se a um evento nos recônditos mais distantes do tempo, além da experiência humana, quando o pecado se tornou realidade. Uma criatura extraordinária, a serpente, já estava confirmada na iniqüidade antes de o ‘pecado entrar no mundo’ através de Adão (Rm 5.12; Gn 3). Essa antiga serpente aparece em outros lugares como o grande dragão, Satanás e o diabo (Ap 2.9; 20.2). O diabo tem andado pecando desde o princípio (Jo 8.44; 1Jo 3.8). O orgulho (1Tm 3.6) e uma queda de anjos (Jd 6; Ap 12.7-9) também se associam a essa catástrofe cósmica. [...] Eva fora enganada pela serpente, mas Adão parece ter pecado em plena consciência (2Co 11.3; 1Tm .14). (Teologia Sistemática Pentecostal, Stanley M. Horton, CPAD, pág 267).

1. O pecado afronta a Deus. É a maior tragédia que aconteceu com a humanidade! Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. As igrejas protestantes declaram que pecado é a transgressão da lei divina, ou a falta de conformidade a essa lei. Pecado é um mal específico, diferindo de todas as outras formas de mal. O pecado se relaciona com a lei; as duas coisas são correlativas, de modo que, onde não há lei, não pode haver pecado (Hb 2.14). Esta lei não é meramente a lei da razão, nem da consciência, nem da convivência, mas a lei de Deus (‘Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os’ Hb 2.14,15). O pecado consiste essencialmente na falta de conformidade por parte do homem à natureza ou lei de Deus. A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser humano vivia em comunhão com Deus (Gn 1.27-31). Deus colocou o primeiro casal como ponto alto da sua criação para administrá-la e dela obter o seu sustento, alegrando-se com o que Deus fizera. Satanás, o inimigo expulso da presença de Deus, não se conformou com tanta paz e felicidade. Tentou os seres humanos para a desobediência a Deus e eles cederam à tentação. Desobedecendo a Deus, perderam a comunhão e, intimamente, já estavam separados e distantes dele (Gn 1:1-10). Deus cobrou do ser humano o seu erro, o qual não estava em comer desta ou daquela árvore, e sim em desobedecer à ordem de Deus, que especificava determinada árvore. Intimamente já afastado e escondido de Deus, o casal foi expulso da sua presença, também para que a sua condição de separação não tornasse eterna e irreversível e para que mais tarde pudesse ser salvo (Gn 3.1-24). As Escrituras diagnosticam o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que se manifesta em cada circunstancia particular da vida de cada pessoa (1Jo 1.8-10). Em suma, é uma mentalidade que luta contra Deus para fazer o papel de Deus.

2. As conseqüências do pecado. Através da Palavra de Deus ficamos sabendo das conseqüências do pecado. O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Rm 3.23); pelo pecado veio a morte (separação) que passou para todos os seres humanos (Rm 5.12); a sua recompensa, seu resultado para todos, é a morte eterna (Rm 6.23). Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos: morte física - separa o espírito do corpo; morte espiritual - separa o ser humano de Deus, já aqui na terra; morte eterna - aqueles que morrem separados de Deus assim permanecem na eternidade. O primeiro aspecto é inevitável, o segundo é passível de ser mudado e o terceiro é irreversível. Toda forma de pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o próximo (1Co 8.12).

3. Consciência do pecado. A experiência nos mostra que há pessoas que dizem não ser pecadoras; todos são culpados diante de Deus por causa dos seus próprios pecados pessoais, porque ‘todos pecaram’ (Rm 5. 12). Em 1Jo 1.8-10, temos a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas não há verdade. São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra de Deus declara, fazem Deus mentiroso! Até que ponto vai a ousadia e a temeridade do pecador renitente: pela sua própria opinião colocar Deus na conta de mentiroso! O muro da separação torna-se cada vez mais alto e espesso e o homem mais distante de Deus. Ao pecador que não reconhece o seu pecado nem mesmo o próprio Deus pode ajudar, pois é qual o doente que não reconhecendo estar enfermo não procura o médico e não toma a medicação (Lc 5.31,32). Mas ao pecador reconhecido, ao doente desejoso de ser curado de sua enfermidade espiritual, Deus concede a graça de, na sua fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de toda a injustiça. O pecador somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da Palavra de Deus de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a Deus. Na experiência de Davi, ele reconhece que desde a sua infância possui uma propensão natural para o pecado. Noutras palavras, ele reconhece que sua própria natureza é pecaminosa. Toda pessoa, desde o nascimento, tem uma propensão egoísta para satisfazer seus próprios desejos, fazendo o que lhe apraz, mesmo que isso prejudique e cause sofrimento ao próximo (Rm 5.12). Tal inclinação só pode ser expurgada da nossa vida através da redenção em Cristo e habitação do Espírito Santo em nós

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O pecado afronta a Deus, entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.

II. CONFISSÃO E PERDÃO

1. Reconhecer e confessar o pecado. Quem afirma que não peca, também não precisa da eficácia salvífica da morte vicária de Cristo, e está fazendo Deus de mentiroso (Rm 3.23). Devemos reconhecer os nossos pecados e buscar em Deus o perdão e a purificação deles. Os dois resultados disso são (a) o perdão divino e a reconciliação com Deus, e (b) a purificação (i.e., remoção) da culpa e a destruição do poder do pecado, a fim de vivermos uma vida de santidade (Sl 32.1-5; Pv 28.13; Jr 31.34; Lc 15.18; Rm 6.2-14). Todo ser humano deve saber que aquele que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13). Reconhecer e confessar o pecado, com um coração sincero e arrependido, sempre trará o perdão gracioso da parte de Deus, a remoção da culpa e a dádiva da sua presença constante (Sm 32).

2. Conhecendo o caráter de Deus (vv.6,16). No Salmo 24.3,4, Davi ressalta que aqueles que pretendem adorar a Deus, servi-lo e receber sua bênção devem procurar ter um coração puro e uma vida reta. Mãos limpas são mãos isentas de atos pecaminosos externos (Is 1.15; 33.15; 1Tm 2.8). Puro de coração é uma referência à santidade interior, motivos e objetivos puros. Somente os limpos de coração verão a Deus (Mt 5.8). Para ser aceitável, a oração deve ser oferecida por crentes que vivam de forma santa e justa, ou seja, com ‘mãos santas’ (1Tm 2.8).

3. O afastamento de Deus. No Éden, a culpa e a consciência do pecado motivaram Adão e Eva a fugir de Deus. Tinham medo e constrangimento na sua presença, sabendo que tinham pecado e que estavam sob o desagrado de Deus. Na experiência vivida por Davi, este sentiu a angústia resultante da falta de comunhão com Deus. Nessa condição, tanto nossos primevos pais como Davi, viram que era impossível chegar à presença do Eterno com confiança (At 23.1; 24.16). Em nossa condição pecaminosa, também somos semelhantes a Adão, a Eva e a Davi. ‘... com toda a boa consciência’ (At 23.1); a consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de Deus dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à sua vontade. No entanto, Deus há proporcionado um caminho para purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e nos restaurar à comunhão com Ele o caminho chamado Jesus Cristo (Jo 14.6). Mediante a redenção que Deus proveu através do seu Filho, podemos vir a Ele e receber o seu amor, misericórdia, graça e ajuda em tempo oportuno (Hb 4.16; 7.25a).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

Para receber o perdão divino, o pecador deve reconhecer, confessar e abandonar o pecado.

III. A RESTAURAÇÃO DO PECADOR

1. Arrependimento e contrição. Do grego metanoeo: ‘voltar-se ao contrário’; ‘dar uma volta completa’. O crente que procura negar seu pecado ou mantê-lo encoberto ao invés de reconhecer, confessar e abandonar esse pecado, não progredirá espiritualmente. O perdão e a misericórdia de Deus estão à disposição de todos os que se chegam a Deus contritamente arrependidos (Mt 3.2). Arrependimento trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para Cristo e, através dEle, para Deus (At 8.22; 26.18; 1 Pe 2.25; Jo 14.1,6). “A oração de arrependimento de Davi permanece registrada como um testemunho emocionante do seu quebrantamento diante de Deus e como instrução para todos os que pecam. O seu arrependimento não se originou do medo de punição ou da preocupação com o sucesso futuro. Ele arrependeu-se por ter violado o próprio Deus, sua pessoa e sua natureza. Davi clamou não apenas por perdão, mas também por pureza; não só por absolvição, mas também por aceitação; não só por consolo, mas também por uma completa purificação – a qualquer custo.” (Bíblia de Estudo Plenitude - Revista e Corrigida. Editora Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); Dinâmica do Reino – Oração; pág 565). “A próxima coisa é a contrição, o profundo sentimento de tristeza segundo Deus e humilhação de coração por causa do pecado. Se não houver verdadeira contrição, o homem voltará direto para o seu velho pecado. Esse é o problema com muitos cristãos. Um homem pode sentir raiva e se não houver muita contrição, no dia seguinte sentirá raiva outra vez. A filha pode dizer coisas indignas, ofensivas à sua mãe, e porque sua consciência lhe perturba ela diz: "Mãe, sinto muito. Perdoe-me". Mas logo há um outro impulso genioso, porque a contrição não foi profunda nem verdadeira. Um marido diz palavras agressivas à sua esposa, e então para aliviar sua consciência, compra um buquê de flores para ela. Ele não quer enfrentar a situação como um homem e dizer que errou. O que Deus quer é contrição, e se não houver contrição, não há arrependimento completo. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "Coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Muitos pecadores lamentam por seus pecados, lamentam por não poderem continuar pecando; mas se arrependem apenas com corações que não estão quebrantados. Não creio que saibamos como nos arrepender atualmente. Precisamos de um João Batista, que ande pelo país, gritando: Arrependam-se! Arrependam-se!" - Dwight Lyman Moody.

2. Mudança de atitude. Note que o termo ‘arrepender’, derivado do latim (ar)repoenitere, de poeniteo, -ere, traz os significados de: não estar satisfeito com, estar descontente com, ter pesar de; Lamentar por alguma coisa feita ou dita ou não feita ou não dita; Mudar de intenção ou de idéia; Desdizer-se; Mudar de aspecto. Os termos em negrito designam bem o sentido teológico do arrependimento: metanoeo: ‘voltar-se ao contrário’; ‘dar uma volta completa’. O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. "A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte (2Co 7.10). Neste capítulo, o apóstolo se refere a outra epístola que tinha escrito antes a igreja de Coríntio, sobre certo ponto, no qual os coríntios eram culpáveis. Aqui fala do efeito que com ela conseguiu, a levá-los ao verdadeiro arrependimento. Produziu-lhes tristeza da que é segundo Deus. Isto era uma mostra que o arrependimento era genuíno. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que ansiedade para estarem isentos de culpa, que preocupação, que desejo de ver justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito." - Charles G. Finney. O verdadeiro arrependimento implica uma mudança de opinião com respeito à natureza do pecado, e esta mudança de opinião vai seguida de uma mudança correspondente dos sentimentos com respeito ao pecado. O sentimento é o resultado do pensamento. E quando esta mudança de opinião é tal que produz uma mudança correspondente de sentimento, se a opinião é reta e há o sentimento correspondente, isto é verdadeiro arrependimento. Deve ter a opinião reta. A opinião adotada agora deve ser uma opinião semelhante a que Deus tem com respeito ao pecado. A tristeza segundo Deus, tal como Deus requer, deve proceder de um ponto de vista com respeito ao pecado como o que tem Deus.

3. Renovação interior. Na oração de Davi, pode-se ver que o Senhor já estava trabalhando em seu interior. Note que, embora o seu coração estivesse arrasado pela vergonha e tristeza causadas pelo pecado, ele conhecia a grande extensão da misericórdia divina. Depois de confessados, perdoados e purificados os pecados, Davi não teme em pedir os dons mais seletos de Deus: a alegria, a restauração, a presença de Deus, o seu Espírito Santo. Ele, humildemente, oferece-se para ser usado como instrumento de louvor a Deus e de ensino a outros transgressores. Observe os desejos de Davi depois de confessar seus pecados e buscar o perdão de Deus:

a) Um espírito voluntário. Se o arrependimento é genuíno há na mente do crente uma mudança consciente nos pontos de vista e nos sentimentos com respeito ao pecado. O crente será tão consciente disto como foi antes de uma mudança de vista e de sentimentos com respeito a qualquer outro tema na vida. Como se pode saber? Porque neste ponto houve uma mudança, as coisas velhas já foram abandonadas e tudo se fez novo.

b) Ensinar os caminhos do Senhor. Assim que se sente perdoado Davi se propõe a falar sobre o quanto Deus fora compassivo e misericordioso com ele, para que mais pecadores (como ele) se convertam de seus caminhos (v. 13). Davi não se contenta em apenas desfrutar o seu perdão; ele também quer que o mundo conheça o Deus perdoador.

c) Louvar a Deus. O arrependimento genuíno obra uma reforma na conduta. O louvor a Deus deve ser prestado de conformidade com a verdade do Pai que se revela no Filho e se recebe mediante o Espírito. Aqueles que propõem um tipo de louvor a Deus que ignora a verdade e as doutrinas da Palavra de Deus desprezam no seu todo o único alicerce da verdadeira adoração. O verdadeiro louvor ao Senhor não está em palavras ou canções, mas primeiramente na vida santa e consagrada e no testemunho do adorador.

d) Prontidão para agradar a Deus. O hissope, uma pequena planta ou arbusto, era usado em cerimônias que exigiam o sangue espargido ou salpicado (Levítico 14:4-7; Êxodo 12:22) para retratar o perdão dos pecados. Assim Davi pediu perdão a Deus, e que o limpasse espiritualmente. O verdadeiro amor e a sincera devoção a Cristo, da nossa parte, devem proceder da plena conscientização da gravidade dos pecados cometidos no passado, do amor dEle por nós, manifesto na sua morte na cruz, e da convicção pessoal de que Ele cuida daqueles a quem perdoou. A fé sem estes princípios não perdurará.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.

(III. CONCLUSÃO)

Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" ( Rm 10.9, 10 ). A confissão de Cristo é o clímax da obra de verdadeiro arrependimento. Devemos isso ao mundo, aos nossos semelhantes cristãos e a nós mesmos. Ele morreu para nos redimir, e podemos estar envergonhados ou com medo de confessá-Lo? A religião como uma abstração, como uma doutrina, tem pouco interesse para o mundo, mas aquilo que as pessoas podem testemunhar da experiência pessoal sempre tem peso. Ah, amigos, estou tão cansado de cristianismo medíocre. Vamos nos entregar cem por cento por Cristo. Não vamos dar um som inseguro. Se o mundo quer nos chamar de tolos, que o faça. É apenas por um pouco. O dia da coroação está chegando. Graças a Deus pelo privilégio que temos de confessar a Cristo! Dwight Lyman Moody

APLICAÇÃO PESSOAL

Nossa fé jamais é tão completa, que chegamos ao ponto em que o coração não é mais embaraçado com dúvidas. E nosso arrependimento nunca possui tal pureza que se torna completamente isento de dureza de coração. O arrependimento é um ato que dura toda a vida. Precisamos orar cada dia por um profundo arrependimento. Em vista de tudo que dissemos, cremos que deixamos bem claro a todo leitor imparcial o fato de que os pregadores que repudiam o arrependimento são, para as infelizes almas perdidas, “médicos sem valor”. Aqueles que ignoram o arrependimento estão pregando “outro evangelho” (Gl 1.6), e não o evangelho que Cristo (Mc 1.15; 6.12) e os apóstolos pregavam (At 17.30; 20.21). O arrependimento é um dever apresentado no evangelho. Aqueles que nunca se arrependeram ainda estão presos nos laços do Diabo (2 Tm 2.25-26) e acumulam contra si mesmos ira para o dia da ira de Deus (Rm 2.4-5). “Se, portanto, os pecadores querem fazer melhor uso dos meios da graça, devem tentar harmonizar-se com o propósito de Deus e as influências do Espírito Santo, empenhando-se por perceberem seu estado pecaminoso, culpado e condenatório. Para isso eles devem abandonar as companhias vãs, descartar seus interesses mundanos e ordinários, deixar tudo que tende a mantê-los seguros no pecado e abafar as ações do Espírito. Para isso eles devem ler, meditar e orar, comparando-se a si mesmos com a santa Lei de Deus, tentando ver a si mesmos como Deus os vê e atribuindo a si mesmos o juízo que Deus lhes atribui. Assim, poderão dispor-se a aprovar a Lei, admirar a graça do evangelho, julgar a si mesmos, aplicar humildemente a todas as coisas a graça gratuita de Deus e retornar a Deus por meio de Cristo” (citado de Joseph Bellamy, 1719-1790). Um antigo teólogo dizia: “Olhe para a cruz, até que tudo que está na cruz esteja em seu coração”. E acrescentou: “Olhe para Jesus, até que Ele olhe para você”. Olhem com firmeza para a sua Pessoa sofredora, até que Ele pareça estar volvendo sua cabeça e olhando para você, assim como o fez com Pedro, que saiu e chorou amargamente. Olhe para Jesus, até que você veja a si mesmo. Lamente por Ele, até que lamente por seu próprio pecado... Ele sofreu em lugar, em favor e em benefício de homens culpados. Isso é o evangelho. Não importa o que os outros preguem, “nós pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23). Sempre levaremos a cruz na vanguarda. A essência do evangelho é Cristo como substituto do pecador. Não evitamos falar sobre a doutrina do Segundo Advento, mas, antes e acima de tudo, pregamos Aquele que foi traspassado. Isso levará ao arrependimento evangélico, quando o Espírito de graça for derramado.

Crendo N’Aquele que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, defina pecado.

R. É a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus.

2. Quais as conseqüências do pecado de acordo com os relatos de Davi?

R. Entristece o Espírito Santo e causa separação entre Deus e o homem.

3. De acordo com o Salmo 32, o que o pecador deve fazer para receber o perdão de Deus?

R. Reconhecer, confessar e deixar o pecado.

4. Qual o resultado do verdadeiro arrependimento?

R. Mudança de vida.

5. Qual é a característica mais marcante de um homem perdoado por Deus?

R. A prontidão em agradar a Deus.

Boa aula!

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- Lições Bíblicas 4º Trim. Livro do Mestre CPAD (http://www.cpad.com.br);

- Max Lucado, "A Grande Casa de Deus" – Rio de Janeiro: CPAD, 2001;

- A Oração de Jesus, Hank Hanegraaff, 1ª edição - 2002, Rio de Janeiro, CPAD;

- Stamps, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude - Revista e Corrigida. Editora Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); Dinâmica do Reino – Oração; pág 565;

- Bíblia de Estudo Genebra. São Pulo e Barueri, Cultura Cristã e SBB, 1999;

- BIBLIA TEB, Edições Loyola, 1ª edição;

- (HORTON, Stanley M (ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro. 12.ed. CPAD, 2009, pp. 600-1).

- Teologia Sistemática De Hodge - Charles Hodge, Hagnos;

- Teologia Sistemática Pentecostal, Stanley M. Horton, CPAD;

- BRANDT, Robert L.; BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração. Rio de Janeiro, CPAD, 4. ed., 2007, p.29;

- HUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 3. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004;

- SOUZA. Estevam Ângelo. Guia Básico de Oração. Como Orar com Eficácia no seu Dia-a-Dia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2002;

- GEORGE, Jim. Orações Notáveis da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.

- GONÇALVES, José. Davi: As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009;

- CARVALHO, César Moisés. Davi. As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 147-8;

- COELHO, Alexandre. Davi. As vitórias e as derrotas de um homem de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, pp. 168-72;

- Arrependimento é Deixar o Pecado por Dwight Lyman Moody. http://www.monergismo.com/textos/arrependimento/moody_arrependimento.htm

Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto que está utilizando e com que finalidade (estudo pessoal, na igreja, postagem em outro site, impressão, etc.).

auxilioaomestre@bol.com.br