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4 de junho de 2011

Lição 11 – Uma Igreja Autenticamente Pentecostal

12 de junho de 2011

Texto Áureo

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

A Grande Comissão dada pela autoridade de Cristo a todos os seus seguidores em todas as gerações. Posto que o domínio de Cristo é universal, o evangelho deve ser levado ao mundo inteiro; constitui-se na razão primária para o evangelismo e missões. É digno de nota que, o termo grego para nações é o mesmo traduzido por ‘gentios’, numa clara referência à promessa de que em Abraão seriam benditas todas as familias da terra (Gn 12.3) estava em condições de sercumprida.

Verdade Prática

Uma Igreja autenticamente pentecostal evangeliza, faz missões, ensina, protesta contra o pecado e ajuda aos necessitados, cumprindo integralmente a missão que lhe confiou o Senhor Jesus.

Leitura Bíblica em Classe

Marcos 16.15-20; Atos 2.42-47

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Conhecer as bases da missão evangelizadora da Igreja;

- Explicar a missão educadora e social da Igreja Pentecostal, e

- Conscientizar-se de que a evangelização, discipulado, educação, comunhão e serviço social constituem a missão da Igreja de Cristo.

Palavra-Chave

- AUTENTICO: “Verdadeiro, legítimo”.

Comentário

(I. Introdução)

O texto de ouro desta lição apresenta a Grande Comissão de Cristo à sua Igreja. Declara o alvo, a responsabilidade e outorga da tarefa missionária da Igreja. Qualquer outro trabalho desenvolvido pelo crente é de menor importância; a prioridade máxima, o motivo de ‘ser Igreja’, é o cumprimento deste imperativo de Cristo. É digno de nota que, o propósito da Grande Comissão é fazer discípulos; a intenção de Jesus não é que evangelismo e missões resultem apenas em conversões, em aumentar o número do rol de membros, mas sim em fazer discípulos que se tornem imitadores dEle mesmo (Jo 8.31). É maravilhoso quando compreendemos que o imperativo de Cristo não é o de cristianizar o mundo ou assumir o comando da sociedade, mas sim fazer discípulos que abandonem o mundo e seu sistema malígno e imoral. Fica a pergunta: Como temos encarado a obra evangelizadora e missionária? Como um meio de tornar nossa placa mais conhecida e respeitada? Ou melhor, temos compreendido a razão pela qual recebemos a plenitude do Espírito Santo? O que é ser pentecostal? O poder celeste que nos alcançou nos capacita ao cumprimento do imperativo de ir e ensinar todas as nações; este é o alvo desta lição: desmistificar o sentido de ser pentecostal. Boa aula!

(II. Desenvolvimento)

I. EVANGELIZAÇÃO, MISSÃO DA IGREJA PENTECOSTAL

1. O imperativo da evangelização. Evangelização é a causa das causas. A esta causa devemos dedicar nosso tempo, dinheiro e vida. A Igreja tem a tarefa de testemunhar até os confins da terra, fazer discípulos de todas as nações e pregar o Evangelho a toda criatura em cada geração. Não se trata de uma opção ou de uma escolha da Igreja. A Igreja não pode tomar outra direção e nem perder de vista sua vocação mais excelente. A evangelização é ordem imperativa de Jesus a todos os seus discípulos. A principal ordem que Jesus deu à Igreja depois da Sua ressurreição foi a grande comissão para evangelizar o mundo todo. Todos os quatro evangelistas registram a grande comissão dada por Cristo. O livro de Atos também ressalta o comissionamento do Cristo ressurreto. Não evangelizar é uma declarada infidelidade e desobediência a Cristo. O Pr Hernandes Dias Lopes assevera: “A igreja contemporânea está notoriamente acomodada. Hoje quase não saímos das quatro paredes. Estamos confortavelmente instalados em nossos templos. Reunimo-nos para edificarmo-nos a nós mesmos. Realizamos conferências para equiparmo-nos a nós mesmos. Frequentamos congressos para engordarmo-nos a nós mesmos. Lemos livros e mais livros para enriquecermo-nos a nós mesmos. Parece que quanto mais conhecimento adquirimos menos nos comprometemos com a causa do evangelho. Temos uma larga visão do mundo, mas não enxergamos mais aqueles que perecem à nossa porta. Não buscamos mais a centésima ovelha perdida. Estamos satisfeitos com as noventa e nove que estão no aprisco. Não acendemos mais a candeia para procurar a moeda perdida. Estamos gastando todo o nosso tempo lustrando as moedas que temos. Não esperamos mais a volta do pródigo que se foi. Estamos contentes com o filho que ficou. Precisamos imitar a Jesus, que veio buscar e salvar o perdido. Jesus entrou nos lares, nas sinagogas, no templo. Ele ensinou na praia e nos montes. Ele percorreu as estradas e andou por toda a parte. A religião cristã era a religião do caminho, do movimento, da ação. Precisamos, à semelhança de Jesus, ir lá fora, onde os pecadores estão. Eles estão desorientados como ovelhas sem pastor. As multidões estão exaustas e aflitas precisando de direção. O evangelho é a única resposta para o homem. Esse tesouro está em nossas mãos. Deus no-lo confiou. Não podemos retê-lo. Precisamos reparti-lo. O tempo urge. A hora é agora! [1].

2. A evangelização como fator de crescimento. Segundo as próprias palavras do pioneiro Adolf Gunnar Vingren no livro O Diário do Pioneiro: “Nós começamos imediatamente com cultos publicos em vários lugares nas casas destes irmãos onde os batistas antes haviam feito cultos. Tinhamos estado então no Brasil seis meses. Jesus abençoou maravilhosamente. Oramos por enfermos, que foram curados, e por pecadores, que foram salvos.. Depois fomos ao grande rio Guamá e ali batizamos varios irmão novos convertidos nas águas lamacentas do rio. O caminho para o lugar do batismo passava por uma floresta e havia lama quase até os joelhos uma boa parte do caminho. Mas foi glorioso quando dobramos os joelhos ali na lama à beira do rio junto com os candidatos. Em verdade, foi maravilhoso! [2]. Assim nasceu a Assembleia de Deus, com apenas 17 pessoas excluídas arbitrariamente da congregação batista, mas agora livres para evangelizar e cheios do Espírito Santo, ousadamente, anunciavam o Evangelho e o Espírito Santo convertia os mais vis pecadores. Parafraseando as palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes, estamos carentes de gastar as solas dos nossos sapatos mais do que os assentos dos nossos bancos, carecemos testemunhar tanto publicamente como também de casa em casa. Carecemos transformar o meio que frequentamos, nossa família, nossa escola e o trabalho que Deus graciosamente nos tem dado devem ser convertidos em nossos campos missionários. Onde houver uma vida sem Cristo, ali deveremos estar com a mensagem da salvação, pois a evangelização é uma missão imperativa, intransferível e impostergável” [3].

3. O discipulado. A primeira palavra que nos traz a mente a idéia de Discipulado é Akolouteo. Traduzida por seguir, denota a ação de uma pessoa respondendo ao chamado do Mestre e cuja sua vida inteira é reformulada no sentido da obediência. A idéia no grego clássico era de alguém que seguia a Deus ou a Natureza como idéia filosófica, o mesmo se identificava mediante uma incorporação. Esta palavra no Antigo Testamento correspondia à “halak” que dava a conotação de “ir atrás de”. À medida que uma pessoa está sendo discipulada, ela também está sendo doutrinada à luz dos conceitos teológicos daquele que a discipula. Assim, os primeiros convertidos a fé cristã relatados no Novo Testamento, perseveravam na doutrina dos apóstolos (At 2.42). Nesse sentido afirma Paulo: “Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência...” (2Tm. 3.10). Discipular deve ser atividade constante no corpo de Cristo. É digno de nota que uma vez que alguém se converteu a Cristo se torna um recém-nascido que precisa de cuidado e consolidação no Caminho. Precisamos conduzi-lo ao batismo e ensino (Mc 1.22,27). O ensino é uma das principais características do discipulado. O ensino no discipulado precisa ser com autoridade. A autoridade de quem ensina não está no cargo ou posição, mas na vida de obediência à Palavra.

Sinópse do Tópico

A Igreja pentecostal autêntica não descuida da evangelização.

II. A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA PENTECOSTAL

1. Jesus e o ensino da Palavra. O étimo do termo “Ensinar”, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é “repassar (a alguém) ensinamentos sobre (algo) ou sobre como fazer (algo); doutrinar, lecionar”; “transmitir experiência prática a; instruir (alguém) por meio de exemplos”; “tornar (algo) conhecido, familiar (a alguém); fazer ficar sabendo”; “dar lições a; instruir”; “mostrar (a alguém) as conseqüências ruins de seus atos”; “mostrar com precisão; indicar”. A palavra vem do latim “insigno”, cujo significado é “’pôr uma marca, distinguir, assinalar”. Embora a principal missão de Jesus aqui na terra tenha sido dar a vida em resgate de muitos (Jo 3.14), sua vida terrena não limitou-se ao calvário. Ele dedicou também grande parte do seu ministério, ao ensino da Palavra de Deus. Por esta razão, dentre os muitos títulos que Ele recebe nas Escrituras, tais como: Senhor, Salvador, Profeta, Sumo Sacerdote, etc., o título de Mestre era-Lhe tão comum. Aprenderemos nesta lição porque o Senhor Jesus destacou-se nas Escrituras como o Grande Mestre. Ensinou com tanta autoridade, que até mesmo àqueles que iam prendê-lo, chegaram a confessar: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (Jo 7.46). O conteúdo dos ensinamentos dos apóstolos originou-se que Jesus lhes havia mandado. O Senhor lhes assegurou a sua presença constante enquanto eles seguem para a missão divinamente ordenada.

2. O exemplo da Igreja de Antioquia. O ponto de partida da primeira viagem de Paulo foi Antioquia da Síria (a moderna Antakya, na Turquia. Atualmente um sítio arqueológico). A cidade de Antioquia da Síria estava a cerca de 500 quilômetros de Jerusalém e gozava de posição estratégica favorável para missões. Localizava-se na divisa entre os dois mundos culturais da época – o grego e o semita. Não deve ser confundida com a Antioquia da Pisídia de Atos 13.14. Era a terceira cidade do Império Romano, vindo depois de Roma e Alexandria. Passou a ser a capital da província romana da Síria, em 64 a.C., quando Pompeu a conquistou. Antioquia ocupa um importante lugar na história do cristianismo. Foi onde Paulo pregou o seu primeiro sermão (numa sinagoga), e foi também onde os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de Cristãos (At 11.26). Essa Igreja começou no anonimato. Os fundadores da igreja de Antioquia eram de Chipre e de Cirene: “Os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus” (v.20). Até então o evangelho era pregado só aos judeus (v.19). Talvez a experiência de Pedro na casa de Cornélio tivesse chegado ao conhecimento deles, e começaram a pregar também aos gentios (v.20). O resultado foi extraordinário! Esses gregos creram no Senhor Jesus e o número deles crescia a cada dia (v.21). Nascia a igreja dos gentios. A ordem profética “até aos confins da terra”, de Jesus, caminhava rapidamente para o seu cumprimento (At 1.8). A igreja de Antioquia da Siria tinha grande ‘fome’ por missões. Essa igreja entendeu que missões é a razão da sua existência. Ela, uma filha de Jerusalém e da perseguição, tornou-se a mãe de tantas outras igrejas, como resultado do seu esforço de enviar e suportar tantos missionários. Enquanto eles estavam servindo (adorando) ao Senhor, e jejuando, o Espírito Santo disse, “Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (At 13.2-3). Assim, Antioquia da Siria torna-se a base para os missionários, em substituição a Jerusalém.

3. A ortodoxia do ensino bíblico. O étimo do termo ortodoxia encerra o sentido de ‘Doutrina declarada verdadeira’; ‘qualidade de ortodoxo’; (latim orthodoxus, -a, -um, do grego orthódoxos, -on). Para nós, cristãos pentecostais, é a ‘absoluta conformidade com um princípio ou doutrina [*] bíblica’. Aos discípulos, Jesus declarou que edificaria sua igreja (Mt 16.18). O fundamento e as colunas (pilares) desse edifício são as doutrinas bíblicas fundamentais, as quais dão sustentação a esse edifício espiritual (1 Co 3.9,10,16). A Igreja é edificada sobre “o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus é a principal pedra de esquina” (Ef 2.20). A ordem da frase “apóstolos e profetas” deixa claro que a “doutrina dos apóstolos”, citada em Atos 2.42, refere-se ao ensino que receberam de Jesus e que foram comissionados a ensinar. Não se tratava de uma doutrina particular dos apóstolos Pedro, João, Tiago ou Paulo, mas a mesma ensinada por Jesus. A referência aos profetas trata-se dos profetas da igreja primitiva que confirmavam, pelo Espírito Santo, as doutrinas ensinadas. Em 1 Co 3.10,11, Paulo ilustra que a edificação da Igreja é efetuada pelos ministros do Senhor. No versículo 11, a Bíblia declara que “ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto”. No texto de Efésios 4.11, vemos os edificadores que Deus tem dado à Igreja, tais como “apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres”. Eles usam os materiais da doutrina cristã para construir este edifício espiritual. Em 1Tm 3.15, a expressão “coluna e firmeza” retrata suporte, apoio, sustentáculo de uma construção. A lição que aqui podemos aprender é que devemos fielmente preservar aquilo que temos recebido da parte do Senhor. Uma igreja verdadeiramente pentecostal é aquela que se mantém em tudo fiel à sã doutrina bíblica. Consoante aos desvios que temos assitido hoje, não hádúvidas de que sejam fruto do desinteresse pelo ensino ortodoxo da doutrina bíblica à Igreja; os vocábulos “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15) indicam a função do Corpo de Cristo no que se refere à Verdade. O comportamento requerido da Igreja, conforme o texto “para que saibas como convém andar na casa de Deus”, revela sua natureza, no sentido de que ela deve ter um comportamento digno e santo em relação ao mundo pecador. Isso porque a “Igreja do Deus vivo” é um povo santo, separado do pecado e do mundanismo. Portanto, a Igreja é a demonstração viva e santa da Verdade do evangelho. Seu papel é o de sustentar, manter e defender a Verdade contra todo erro e oposição intelectual, religiosa e filosófica dos falsos mestres. A Verdade foi confiada à Igreja, e todo erro e heresia devem ser refutados por ela (1 Tm 6.3-5; 2 Tm 2.18; 3.8; 4.4) [4].

[*] Doutrina: No Novo Testamento, a palavra grega mais empregada para doutrina é didachē, cujo sentido é “instrução” e “ensino”. A igreja primitiva fazia uso do vocábulo didachē para referir-se “a doutrina dos apóstolos” (At 2.42).

Sinópse do Tópico

A Igreja pentecostal genuína prioriza o ensino da Palavra de Deus.

III. A IGREJA PENTECOSTAL NÃO DEVE DESCUIDAR DO SERVIÇO SOCIAL E DA COMUNHÃO

1. O serviço social. Serviço que promove a mudança social buscando a resolução de problemas nas relações humanas, bem como a promoção do bem-estar das pessoas. A evangelização e a responsabilidade social cristã são dois temas imprescindíveis ao contexto social e religioso brasileiro. O serviço social e a evangelização fazem parte da missão integral da Igreja — somos chamados à evangelização pessoal, mas também ao serviço social, pois Jesus andava por toda parte “... pregando e anunciando o evangelho” e “andava fazendo o bem” (Lc 8.1; At 10.38). A missão assistencial da Igreja no mundo é a continuação da obra iniciada por Jesus. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.18,19). O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento às pessoas necessitadas (Mt 25.35-40; Jo 13.14,15)..

2. Atender aos necessitados. Para que buscamos o revestimento de poder? Apenas para falar em línguas e profetizar? A exemplo dos crentes primevos, carecemos demonstrar o amor pelos necessitados. Esta dimensão abrange aspectos internos-externos, gerando um crescimento saudável da igreja. Este crescimento é visto como "a intensidade do serviço que a igreja presta ao mundo, como prova concreta do amor de Deus. Esta dimensão envolve o impacto que o ministério reconciliador da igreja exerce sobre o mundo, o seu grau de participação na vida, conflitos, temores e esperanças da sociedade e à medida que seu serviço ajuda e alivia a dor humana a transformar as condições sociais que têm condenado milhões de homens, mulheres e crianças à pobreza". Sem esta característica (serviço) a igreja perde sua autenticidade e credibilidade como agência do Reino de Deus neste mundo, pois "somente na medida em que consiga tornar visível e concreta a sua vocação de amor e serviço, ela pode esperar ser escutada e respeitada". O crescimento da igreja tem de estar vinculado ao serviço ou amor ao próximo. O apóstolo Tiago, falando sobre o papel social da igreja, afirma que a fé sem obras é morta (2.17). A Igreja está no mundo para ser social, ou seja, evangelização e responsabilidade social caminham de mãos dadas. Isto é fundamental no Crescimento Integral do Corpo de Cristo. É hora de uma conscientização social em nossas igrejas. O aspecto interno da igreja tem de gerar atitudes práticas para com o próximo. A Igreja Primitiva cantava, orava, pregava a Palavra, mas vivia a dimensão diaconal - repartia o pão. Desta forma, os pastores e lideranças em geral das Igrejas Locais poderão lançar projetos sociais junto às suas comunidades. Neste sentido, a igreja tem de ser liberal. [Pr. Advanir Alves Ferreira] [5].

3. Comunhão. No Novo Testamento, a comunhão cristã é expressa pelo termo koinonia, sendo o vínculo que interliga sinergicamente os cristãos uns aos outros, a Cristo e a Deus. Koinonia é o espírito do compartilhar gracioso em contraste com o espírito egoísta que deseja tudo para si próprio, a pleonexia, que é a cobiça gananciosa comum ao mundo sem Deus (Rm 1.29), e que avalia a vida apenas pelos valores materiais (Lc 12.15), sendo comparada a idolatria (Cl 3.5). Em Atos 2.42 e 2 Coríntios 6.4, koinonia significa "um compartilhar de amizade" e uma permanência no convívio com os outros. Essa amizade baseia-se na mutualidade do cristianismo e somente aqueles que são verdadeiramente amigos de Cristo, que descobriram a fraternidade com o Mestre, podem ser amigos sinceros de seus irmãos, 1 João 1.3. Em Romanos 15.26, 2 Coríntios 8.4; 9.13 e em Hebreus 13.16 koinonia significa uma "divisão prática" com os menos favorecidos economicamente. Comunhão tem que ser algo prático. Isso se verifica na aplicação do termo por parte do apóstolo Paulo, quando fala da coleta de ofertas para sustento da obra e auxílio aos pobres e necessitados. Crentes que retêm suas mãos nos dízimos e nas ofertas, bem como na ação social ou em qualquer solicitação para o sustento da obra e para as manifestações práticas da comunhão cristã, ainda não desenvolveram verdadeira comunhão com Cristo. Em Filipenses 1.5 koinonia é "cooperação na obra de Cristo". Paulo agradece a Deus pela comunhão daqueles irmãos expressa na unidade em torno do Evangelho que é a única vertente dentre as filosofias de vida que capacita o homem a sublimar as diferenças e as divergências ideológica, culturais, existenciais, fisiológicas e sociológicas. Em Efésios 3.9 koinonia é "vida na fé". O cristão não é uma unidade isolada. É membro de um convívio de fé, de um conjunto de fiéis que abdicam seus individualismos antropocêntricos e egocêntricos para que possamos partilhar de um mesmo ideal de fé, sem que percamos a individuação existencial. Em 2 Coríntios 13.13 e em Filipenses 2.1 koinonia é "comunhão no Espírito". O cristão deve viver na presença, no convívio, pelo auxilio e sob a direção do Espírito Santo que habita em nós e que é o poder de Deus interagindo sinergicamente em todas as áreas da nossa vida. Viver em comunhão é viver no Espírito. Em l Coríntios 1.9 e 10.16 koinonia é interação plena e perfeita com Cristo. A nossa comunhão com Cristo deve ser aperfeiçoada no memorial da ceia, quando participamos do sofrimento de Cristo, em um encontro objetivo com o Senhor e com os nossos irmãos, na cruz do Calvário, Filipenses 3.10. Na ceia, devemos sofrer a cruz e juntos, em comunhão com os irmãos e com Cristo, certos de que ressuscitaremos para o partilhar da vida na fé e na vida de fé. Em 1 João 1.3 e 6 koinonia é comunhão com o próprio Deus. Há uma exigência de comprometimento ético e de qualidade de vida moral, visto que somente os que estão na luz, isto é, aqueles que não têm obscuridades na vida ou obscurantismos existenciais, podem partilhar a natureza de Deus e a vida, a existência, com os irmãos, verso 7, na Igreja de Jesus Cristo. Após analisarmos o disposto no Novo Testamento sobre a comunhão cristã, a koinonia, resta para a igreja o desafio de contrariar a impessoalidade, o egoísmo e a neutralidade relacional que o mundo impõe às pessoas, motivando-as a uma comunhão cristã genuína e sincera, pois o mundo só perceberá a possibilidade de uma comunhão amorosa, altruísta e generosa quando puder acreditar com certeza insofismável e inamovível que isso é uma realidade entre nós que somos igreja de Jesus Cristo [6]. [Fernando Fernandes é Pastor da 1ª Igreja Batista em Penápolis/ SP e Prof. no Seminário Teológico Batista de São Paulo. E-Mail: prfcf@terra.com.br.]

Sinópse do Tópico

A Igreja pentecostal não deve descuidar do serviço social e da comunhão.

(III. Conclusão)

Numa época em que muitos confundem pentecostalismo com misticismo, o pasotr Elienai Cabral apresenta nesta lição esclarecimentos fundamentados na Palavra de Deus acerca das marcas de uma Igreja autenticamente pentecostal. Não resta dúvidas de que este tema possui caráter urgente para a Igreja de Cristo, especialmente neste momento em que a principal igreja deste movimento - as Assembléias de Deus no Brasil - celebram no próximo dia 18 de junho, cem anos de pentecostes em terras brasileiras. Não podemos tergivessar sobre o Movimento Pentecostal como um movimento do Espírito Santo pautado nas Escrituras Sagradas se quisermos realmente diferençar entre o pentecostalismo professado pelas Assembleias de Deus e aquele pseudo-pentecostalismo apresentado por movimentos diversos e até mesmo em muitas ADs onde o ensino ortodoxo da sã doutrina é relegado a segundo plano e os crentes ficam entregues a toda sorte de ‘infantilidade espiritual’.

N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Notas Bibliográficas

[1]. http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/02/evangelizacao-a-hora-e-agora/;
[2].Isael de Araújo citando trecho do livro O Diário do Pioneiro, em Dicionário do Movimento Pentecostal, Isael de Araújo, CPAD, p. 39;
[5]. Ibden [2].
[4]. Adaptado de Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos, 1º Trimestre de 2007; A Igreja e a sua missão, Elienai Cabral. Lição 12: Preservando a doutrina — A missão conservadora da Igreja, 27 de Março de 2007;
[5]. Pr. Advanir Alves Ferreira: Crescimento integral: o desafio contínuo da Igreja, em http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art51_100/art70.htm;
[6]. Por, Pr Fernando Fernandes em Viver em Comunhão; http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/mensag/ferfer013.htm;
Lições Bíblicas 1º Trim 2004 - Jovens e Adultos: A Pessoa e Obra do Espírito Santo;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.

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