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6 de março de 2013

Lição 10 – Há um milagre em sua casa



Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja.
Comentarista: José Gonçalves.
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.




200º Subsídio!
 
Lição 10Há um milagre em sua casa
10 de março de 2013

TEXTO ÁUREO

“Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio” (2 Rs 4.4).

VERDADE PRÁTICA

A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 4.1-7.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Atentar para a real motivação de um milagre.
  • Identificar os instrumentos de um milagre.
  • Especificar os reais objetivos de um milagre.

Palavra Chave
Provisão: (latim provisio, -onis) 1. Ato ou efeito de prover. = PROVIMENTO; 2. Fornecimento, abastecimento; 3. Conjunto de alimentos de reserva. (Mais usado no plural.) = MANTIMENTO, VITUALHAS, VÍVERES; 4. Conjunto de coisas necessárias a algo; 5. Acumulação de coisas ou bens. = ABUNDÂNCIA; 6. Reserva de dinheiro ou valores (ex.: falta de provisão; cheque sem provisão); 7. Carta pela qual o governo confere mercê, cargo, etc., ou expede qualquer ordem ou providência; e 8. Nomeação para cargo ou função.[a]

COMENTÁRIO

introdução

Na continuidade do estudo da revista “Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja”, veremos nesta lição cujo tema é “Há um milagre em sua casa”, a revelação do amor, da compaixão e do cuidado de Deus por uma pobre viúva de um profeta e seus dois filhos. Cada um de nós como casa de Deus (Jo 17), tabernáculo, morada de Deus na terra, templo do Espírito Santo (1Co 6.19), temos a responsabilidade de ministrarmos aos outros o que recebemos, pois o poder de Deus reside em nós, como disse Jesus: Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo. Caro leitor, se você crê na atualidade dos dons espirituais, que Deus opera milagres também hoje, como no passado, não terá dificuldades no preparo desta lição. Hoje, temos contato com a narrativa de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Quero fazer ressalva ao verbo hebraico ‘barah’ cujo significado vai muito mais além que o seu correspondente em português ‘criar’. Barah é fazer aparecer do nada, fazer existir algo onde nada existia. O homem não é capaz de tal coisa, ele apenas modifica seu meio. Por isso, o verbo barah é aplicado somente à Deus. A Sagrada Escritura e a tradição cristã ensinam claramente a doutrina da criação a partir do nada (creatio ex nihilo). Somente Deus poderia verter azeite de onde pouco havia. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desesperados por um milagre. No decorrer da lição, enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina – “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre” (Sl 23.6). Deus é bom! Vamos juntos desfrutar deste banquete espiritual! Tenham todos uma abençoada aula!

I. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

1. A necessidade humana. O texto de 2 Rs 4.1-7 expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida. Era viúva de um dos “filhos dos profetas”, expressão referente à organização dos que eram profetas verdadeiros, aqueles chamados por Deus, em escolas em Gibeá e Naiote, onde, talvez, fossem supervisionados por Samuel (1Sm 10.10; 19.20). Em 2Rs 6.1-4 há um relato sobre a edificação de tal escola, e Elias foi o líder desse grupo em particular. Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v.1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13). Na Septuaginta, uma antiga tradução das Escrituras do Antigo Testamento para a língua grega, o termo grego traduzido por “graça” é charis que significa “graça ou favor imerecido”. As Escrituras Hebraicas não possuem nenhum termo hebraico equivalente. Os termos originais hebraicos traduzidos na Septuaginta por charis são chanan ou chen, que se traduzem por “graça”, “favor” ou “misericórdia”. Essas duas palavras hebraicas são usadas no Antigo Testamento para retratar o mesmo significado de charis: (1) mostrar misericórdia para com o pobre (Pv 14.31); (2) proporcionar misericórdia àqueles que invocam a Deus em tempo de angústia (Sl 4.1; 6.2; 31.9); (3) demonstrar favor a Israel no Egito (Êx 3.21; 11.3; 12.36); e (4) conceder (Deus) Sua graça a determinadas pessoas, tais como Noé (Gn 6.8), José (Gn 39.21), Moisés (Êx 33.12,17), e Gideão (Jz 6.17). Além disso, a graça de Deus será derramada sobre a nação de Israel no tempo da sua salvação (Zc 12.10). [http://www.chamada.com.br/mensagens/gloriosa_graca.html]. A lei mosaica permitia que se vendessem filhos como escravos durante um período limitado de tempo (Êx 21.2,7; Lv 25.39-46; Dt 15.12-18). Infelizmente, essa disposição legal estava sujeita a abusos constantes (Ne 5.5-8; Jr 34.8-22; Am 2.6; 8.6).
2. A misericórdia divina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina. A "bondade" de Deus tem que ver com a perfeição da Sua natureza: "... Deus é luz, e não há nele trevas nenhuma" (1Jo 1.5). Há uma tão absoluta perfeição na natureza e no ser de Deus que nada Lhe falta, nada nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode acrescentar para melhorá-lO. "Ele é essencialmente bom, bom em Si próprio, o que nada mais é; pois todas as criaturas só são boas pela participação e comunicação da parte de Deus. Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência. Ele é infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterna e imutavelmente bom, porquanto Ele não pode ser menos bom do que é; como não se pode fazer nenhum acréscimo a Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma subtração" (Thomas Manton). Deus é summum bonum, o Sumo Bem. Outros termos hebraicos, tais como, racham ou rachamim (i.e., “misericórdia”) e chesed (“amor leal” ou “bondade”) muitas vezes ocorrem juntos no texto hebraico para expressar o conceito da graça de Deus (Êx 34.6; Ne 9.17; Sl 86.15; 145.8; Jl 2.13; Jn 4.2). Graça, amor e misericórdia estão explicitados na aliança de Deus com o rei Davi, a qual se estendeu a seu filho Salomão mesmo depois que este veio a pecar no decurso de sua vida (2 Sm 7.1-17). O verbo hebraico clamar, é tsã‘aq. Etimologicamente, tsã‘aq significa: “gritar”, “bradar”, “falar aos gritos ou brados”, “rogar em altos brados”. Clamar, portanto, é mais que orar. É muito mais que simplesmente pedir. As orações finais do povo hebreu no Egito, portanto, eram verdadeiros “rogos em altos brados”.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina.

II. A DINÂMICA DO MILAGRE

1. Um pouco de azeite. Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). A botija de azeite era provavelmente uma vasilha para armazenar óleo de oliva, usado tanto como combustível como para cozinhar. No Antigo Testamento as mulheres eram consideradas inferiores. Esse milagre realizado por Eliseu demonstra o cuidado fiel de Deus e a sua provisão para os vulneráveis e abandonados. A provisão foi dada na medida da fé que a mulher tinha e da sua capacidade de armazenamento.
2. Uma fé obediente. A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Tiago em 2.17 desafia qualquer pessoa que tem fé a demonstrá-la, a fazê-la visível. A única evidência visível aos olhos humanos são os atos de obediência. Embora Deus possa ler o coração, a nossa única visão do coração vem através da presença de fruto exterior. O fato de o profeta “chamar a viúva à ação” caracteriza esse desafio de demonstrar a fé pela presença de fruto exterior: pedir vasilhas emprestadas.

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus.

III. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1. O instrumento humano. Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). No processo de tornar-se um “varão valoroso de Deus” o cristão precisa, como Gideão, alcançar um 7º passo: dispor-se à luta e ao trabalho árduo. Isto será possível a partir do momento em que ele aprender a confiar em Deus.  No capítulo 7 de Juízes lemos que o Senhor determinou que Gideão dispensasse 99% do seu exército!  (de 32.000 ficaram apenas 300!).  Deus queria que Israel reconhecesse que seria Ele a entregar a vitória a seu povo.  O apóstolo Paulo escreveu, em II Co 4:7, que na obra de Deus nós somos simples “vasos de barro” e que a “excelência do poder” é de Deus e não nossa.  Como homens e mulheres valorosos temos que aprender que as vitórias e conquistas vêm de Deus. Na galeria dos varões valorosos de Deus não há lugar para covardes, tímidos, omissos, nem acomodados!  De pronto o Senhor mandou Gideão dispensar os medrosos da luta (v. 3).  Em Deuteronômio 20, temos instruções do Senhor para seu povo em guerra.  Eis as palavras que o sacerdote deveria dizer ao povo: Não se amoleça o vosso coração;  não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles;  pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco  (vs. 3 e 4).  Deus ainda instruiu os oficiais a falarem ao povo:  Qual é o homem medroso e de coração tímido?  Vá, e torne para casa, a fim de que o coração de seus irmãos na se derreta com o seu coração  (V. 8).  Observe os exemplos de confiança no poder do Senhor e coragem para lutar em Davi (I Sm 17:24 e 42-44) e Jônatas (I Sm 14:6 e 14). Em Levítico 26, nós aprendemos que o medo é conseqüência de desobediência ao Senhor!  No verso 12, Deus promete: Andarei no meio de vós, e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo.  Entretanto, o Senhor avisa das conseqüências de o seu povo não obedecer a seus mandamentos:  Eu lhes meterei pavor no coração nas terras dos seus inimigos;  e o ruído de uma folha agitada os porá em fuga;  fugirão como quem foge da espada, e cairão sem que ninguém os persiga... (vs. 36 e 37). O homem de Deus é um soldado corajoso porque o Espírito que está nele não é o espírito de covardia.  Em II Tm 1:6-8, o apóstolo Paulo afirma que Deus nos deu o Espírito: de poder, de amor e de moderação.  Isto é suficiente para nos capacitar a testemunhar de nosso Senhor corajosamente e a enfrentar toda e qualquer adversidade. [http://www.pregaapalavra.com.br/serie/soldado.htm]. Em 1Tm 6.11, o apóstolo Paulo usa a expressão – “HOMEM DE DEUS” - dirigindo-se a um jovem chamado Timóteo. Timóteo talvez estivesse passando por muitas pressões e possivelmente era um jovem com muitas fragilidades, mas certamente elas não podiam impedir que ele fosse esse Homem de Deus. Paulo via a Timóteo como um Homem de Deus
2. O instrumento divino. Um sábio pode salvar uma cidade inteira; um justo pode libertar multidões. Os crentes são o sal da terra; graças à sua presença entre os ímpios, estes são poupados. Se os filhos de Deus não atuassem como preservadores das massas, a raça humana não mais existiria. Na cidade de Samaria, onde nosso texto (2 Rs 7.2) nos leva, havia um justo: era Eliseu, homem de Deus. A piedade havia completamente desaparecido da corte. O rei Jorão era um pecador mergulhado nos mais negros vícios; suas iniqüidades eram gritantes e infames. Ele seguia o caminho de Acab, seu pai, e servia publicamente aos falsos deuses. Como seu monarca, os habitantes de Samaria tinham sido infiéis. Eles tinham abandonado a YAHWEH, e esquecido o Santo de Israel. A antiga divisa de Jacó: O Eterno seu Deus é o único Senhor (Dt 6.4), não era para eles mais que uma letra morta, e se curvavam diante das divindades abomináveis dos pagãos. Por isso o Deus dos Exércitos fez Israel cair sob as mãos de seus opressores; ele permitiu que Samaria fosse atacada por um exército estrangeiro, ao mesmo tempo castigada por uma fome terrível, de sorte que as maldições pronunciadas sobre o monte Hebal, se cumpriram à letra, e se viu nos muros de Samaria a mulher mais suave e delicada, que não teria, por delicadeza, tentado por a planta de seu pé sobre a terra, olhar, com cobiça nos olhos, seus próprios filhos; e rendida ferozmente pela fome, devorar o fruto de suas entranhas. (Dt 28.56-58). Entretanto, nesta horrível conjuntura, o profeta do Altíssimo tornou-se um instrumento de salvação para a cidade pecadora. Deus usou o sal para conservar Samaria; ele foi o libertador de todo um povo sitiado. Por causa de Eliseu, de fato, e por sua instrumentalidade, Deus prometeu solenemente que, a partir do dia seguinte, os alimentos, que só se podiam obter a peso de ouro, seriam vendidos a preço vil nas portas da cidade. Imaginem, meus irmãos, a alegria da multidão ao ouvir esta predição sair da boca do santo homem. Todos reconheciam nele um profeta do Eterno; suas credenciais estavam marcadas com o selo divino; tudo o que ele havia predito se realizou. Assim, ninguém poderia duvidar, que nesta ocasião ele estivesse, mais uma vez, falando em nome de Deus. Certamente os olhos do monarca brilharam de alegria e a multidão esfomeada saltou de júbilo, à perspectiva de uma libertação tão próxima. “A partir de amanhã, todos eles devem ter gritado, a partir de amanhã nossa fome será saciada! A partir de amanhã mataremos nossa fome!”
[http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/pecado_incredulidade_spurgeon.htm].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra.

IV. O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento. Tomás de Aquino criou um conceito clássico para a palavra milagre: " É algo superior, diferente ou contrário à natureza. "Supra, praeter vei contra naturam". Em latim, temos ainda outra definição para milagre: "miraculum", cujo radical é "miror" e pode ser traduzido por prodígio, maravilha, fato estupendo ou extraordinário. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7). No Gênesis Bíblico nasce o milagre, muitos milagres que acontecem a partir do verbo de Deus que é Jesus: "No principio era o Verbo e o verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sem Ele nada do que foi feito se fez" João 1:1-2. O dunamis, poder dinâmico criador de todas as coisas, tão enigmático para a ciência nos é revelado nas páginas da Bíblia Sagrada e só pode ser compreendido através da fé. O segredo de tudo que somos, do visível e do invisível, do possível e do impossível, do que é, foi e há de vir nos é ofertado de forma extraordinária e simples ao mesmo tempo, porque está ao alcance de todos.
2. Glorificar a Deus. As pessoas andam em busca de milagres sem saber direito o que é milagre, e muito menos qual a sua finalidade. Na verdade, as pessoas que andam em busca de milagres estão simplesmente procurando solução para os seus problemas, e apenas isso. É como se os milagres acontecessem exclusivamente para nos servir, e não é assim. As Escrituras não têm uma palavra específica para milagre. O conceito geral de milagre é uma combinação de ideias que abrange os termos maravilha (ou prodígio), obra poderosa e sinal. Sabemos que Deus criou o universo e tudo que nele existe, do nada, e essa obra poderosa é um milagre. Sabemos que pelo poder de Deus, Elias ressuscitou o filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.17-24), e Eliseu ressuscitou o filho da sunamita (2Rs 4.18-37). O sinal, o último termo abrangido no conceito de milagre, é muito usado por João, e deixa claro que os sinais não têm finalidade em si mesmos, antes, indicam ou significam alguma coisa, carregam alguma mensagem, e apontam sempre para Cristo, que é a Palavra Revelada, o Verbo encarnado. os milagres, antes de mais nada, tinham como finalidade, confirmar a autoridade e a consagração daqueles que operavam os milagres, como mensageiros da Palavra de Deus (Ex 4.1-9; 1 Rs 17.23,24; Jo 10.37,38; 14.11; At 2.22; 2 Co 12.12; Hb 2.3,4).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Todos os milagres realizados por Eliseu ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento.

CONCLUSÃO

O "problema da dor", como o bem conhecido estudioso crente, C. S. Lewis, uma vez o chamou, é a mais potente arma do ateísmo contra a fé cristã. Eles dizem: "Como pode um Deus de amor permitir, no Seu mundo, coisas como guerra, doença, dor e morte, principalmente quando os seus efeitos são, frequentemente, sentidos mais severamente por aqueles que são aparentemente inocentes? Ou Ele não é um Deus de amor e está indiferente ao sofrimento humano, ou, então, Ele não é um Deus de poder e é, portanto, incapaz de fazer alguma coisa sobre isto. Este milagre, assim como todos os demais milagres registrados nas Escrituras, são o testamento do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O Senhor Jesus Cristo, que foi o único homem verdadeiramente "inocente" e "justo" em toda a História, contudo sofreu mais do que qualquer que já viveu. E isto Ele fez por nós! "Cristo morreu por nossos pecados" (1Co 15.3). Ele sofreu e morreu, para que finalmente Ele pudesse livrar o mundo da maldição, e para que, mesmo agora, Ele possa livrar do pecado e de sua escravidão [do pecado] qualquer que recebê-Lo com fé como seu Senhor e Salvador pessoal. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Recife, PE
Março de 2013,
Francisco de Assis Barbosa
Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere
Meu coração te ofereço, Senhor, pronto e sincero (Calvino)

EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que motivou a operação do milagre da multiplicação do azeite?
R. A necessidade da viúva e a misericórdia divina.
2. Como a viúva reagiu às instruções dadas pelo profeta Eliseu?
R. Agiu com fé e obediência.
3. Com qual expressão o cronista identifica o profeta Eliseu em seu relato?
R. “Homem de Deus”.
4. Cite um dos objetivos envolvidos na operação de um milagre.
R. Uma resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.
5. Como Pedro e Paulo destacam a relação dos milagres com o homem e Deus?
R. Eles mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado nos milagres.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2013, Jovens e Adultos: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
-. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
[a] -. http://www.priberam.pt/dlpo/;

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Francisco de Assis Barbosa