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26 de julho de 2017

Lição 5: A identidade do Espírito Santo (Texto)



LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS
3º Trimestre de 2017
Título: A razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos  -  Comentarista: Esequias Soares

- Lição 5 -
30 de Julho de 2017

A identidade do Espírito Santo


TEXTO ÁUREO

VERDADE PRÁTICA
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16).

Cremos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Senhor e Vivificador, que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, regenera o pecador, e que falou por meio dos profetas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 28.19
O Espírito Santo é Deus
Terça - 2Co 3.6,17
O Espírito Santo é Senhor
Quarta - Jo 16.8
O Espírito Santo convence do pecado, da justiça e do juízo

Quinta - Tt 3.5
O Espírito Santo regenera
Sexta - 2Pe 1.21
O Espírito Santo falou por meio dos profetas e apóstolos
Sábado - Jo 16.13
O Espírito Santo é o Consolador


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.15-18,26.
15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o

conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

HINOS SUGERIDOS: 85, 101 e 551 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Mostrar que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e que Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
·         I. Compreender quem é o Espírito Santo;
·         II. Mostrar a divindade do Espírito Santo à luz da Bíblia;
·         III. Apresentar os atributos da divindade;
·         IV. Analisar a personalidade do Espírito Santo.


COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas revelam a identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade, sua consubstancialidade com o Pai e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas obras no contexto histórico-salvífico. Todos esses dados da revelação só foram definidos depois do Concílio de Niceia. A formulação da doutrina pneumatológica aconteceu tardiamente na história da Igreja, na segunda metade do século IV. A presente lição pretende explicar e mostrar como tudo isso aconteceu a partir da Bíblia. [Comentário: Pneumatologia é o estudo da Terceira Pessoa da Trindade. Sua importância está no fato de que, hoje, há muito erro e confusão no tocante à personalidade, às operações e às manifestações do Espírito Santo. Não é de mais lembrar que é vital para a fé de todo crente, que o ensino Bíblico a respeito do Espírito santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções. Também, é importante lembrar que antes da descida do Espírito Santos em Atos, Ele preexistia como a terceira pessoa da divindade, e nessa qualidade esteve sempre ativo, mas há uma notável diferença existente em Suas ministrações no Antigo e no Novo testamentos. Naquela Aliança, o Espírito descia sobre os homens apenas temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa findava. Na Nova Aliança, desde o dia de Pentecoste até os nossos dias, vivemos a dispensação do Espírito. Nesta dispensação, por meio do Espírito Santo, Deus veio para habitar nos homens. Ele vem para permanecer. O dia de Pentecoste marcou o raiar de um novo dia nas relações entre o Espírito Santo e a humanidade. Esta doutrina foi formulada em definitivo com Agostinho, isso não significa que a Igreja antes dele não conhecesse esta doutrina ou não acreditasse na Terceira Pessoa da Trindade. Lucas escreve em At 9.31 que “Assim, pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava”.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?


PONTO CENTRAL
Cremos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

I. O ESPÍRITO SANTO

1. A revelação divina. A Bíblia mostra que a revelação divina foi progressiva, como disse um dos pais da Igreja no século IV: “O Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer” (Gregório de Nazianzo). O Senhor Jesus revelou o Pai (Jo 1.18), e o Espírito Santo é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3). [Comentário: Por Divindade do Espírito Santo se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho (Mt 28.19; Jr 31.31-34; Hb 10.15-17). O Espírito Santo se faz presente na obra da criação, assim como também em toda história da Salvação. Podemos fazer referencia ao Espírito de Deus desde as primeiras linhas da bíblia, dando ênfase ao principio que da vida e existência a tudo, com que se refere o livro do Gênesis: “O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas” (Gn 1.2). Esse mesmo Espírito que se manifestou no decorrer da história, falou através de nossos primeiros pais na fé, seguindo através dos profetas, chegando à plenitude dos tempos, quando “Deus enviou o seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial. E porque sois filho, enviou Deus aos nossos corações o Espírito do seu filho, que clama : Abba, Pai!” (Gl 4, 4-6).]

2. O esquecimento. Há abundância de detalhes na Bíblia sobre a identidade do Espírito Santo no que diz respeito à sua personalidade e divindade, bem como ao seu relacionamento com o Pai e o Filho. Ele aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na criação (Gn 1.2), até o Apocalipse (22.17). Mas esses dados da revelação precisavam ser definidos, daí a necessidade de formulações teológicas exigidas pela nova realidade cultural em que a Igreja vivia e pelas demais civilizações em que o evangelho havia penetrado. Essa difícil tarefa levou séculos para ser concluída, e as várias tentativas resultaram também em heresias. [Comentário: Ao considerarmos a obra do Espírito Santo, precisamos lembrar a verdade que todas as pessoas da Divindade são ativas na obra de cada Pessoa individual. Alguns dizem que Deus Pai operou na Criação, que Deus Filho operou na Redenção e que Deus Espírito Santo opera na Salvação. Mas isso não é verdade, pois em cada manifestação das obras de Deus, a Trindade total se mostra ativa; o Pai é o Autor, o Filho é o Executor e o Espírito é o Ativador de cada ato. Por conseguinte, o Espírito Santo é Aquele que ativa e leva a término os atos iniciados  http://solascriptura-tt.org/Pneumatologia/Pneumatologia-CursoPorLucio.htm.]

3. O Espírito Santo e os primeiros cristãos. À luz do Novo Testamento e comparando com a literatura patrística dos séculos II e III, fica claro que os cristãos da Era Apostólica conheciam mais sobre a identidade do Espírito Santo do que os pais da Igreja do referido período. A verdadeira identidade do Espírito Santo, com base bíblica, só aconteceu a partir de Atanásio e dos três grandes capadócios. Antes disso, a conceituação sobre o Espírito Santo era quase sempre inadequada. [Comentário: Lembrando que Jesus ensinou sobre a Terceira Pessoa da Trindade: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3.8). Espírito e vento são a mesma palavra em grego “pneuma” e no hebraico “ruach”, Jesus faz um jogo de palavras nesse texto para destacar a existência do Espírito como análoga ao vento, demonstrando sua invisibilidade, sua imprevisibilidade, e ao mesmo tempo sua existência real e abençoadora. Aqueles ouvintes conheciam o Ruach Hakodesh e agora se familiarizavam com os ensinos de Jesus. Segue uma parte do artigo ‘A Era do Espírito’, disponível em http://ipsantoamaro.com.br/artigos/o-espirito-santo.html: “A vinda do Espírito marcaria uma nova era para o mundo, e especialmente para a igreja. Há muito tempo Deus vinha anunciando através dos profetas a chegada de uma era espetacular. Essa era foi identificada como um derramamento especial do Espírito Santo. Apesar do Espírito já estar em atividade durante todo o período do Antigo Testamento, como disse Stott, “mesmo assim, alguns profetas predisseram que nos dias do Messias, Deus concederia uma difusão liberal do Espírito Santo, nova e diferente, bem como acessível a todos”5. Isaías profetizou que depois de um tempo de muita destruição para o povo de Israel, onde os palácios seriam abandonados, as cidades ficariam desertas, as torres seriam destruídas, finalmente, Deus derramaria o “Espírito lá do alto”; então, toda uma renovação aconteceria (Is 32.14-15). Esse derramar do Espírito passou a ser uma das grandes expectativas escatológicas do povo de Deus. Isaías fala ainda: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3). Ezequiel foi ainda mais específico sobre esse derramamento: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.27). E Joel fala da amplitude desse derramamento: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2.28-29). Toda a expectativa sobre o derramamento do Espírito pode ser vista nas palavras de João Batista no início de seu ministério: “Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo” (Mc 1.8). João Batista anunciou que a profecia do Antigo Testamento, sobre o derramar do Espírito Santo, logo se cumpriria na pessoa daquele a quem ele anunciava, o Senhor Jesus Cristo. E o próprio Senhor, após a sua ressurreição, disse aos Apóstolos: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Jerusalém seria o local onde finalmente o Espírito prometido viria. Bruner enfatiza a importância de Jerusalém nesse ponto: “Para receberem o Espírito Santo, os apóstolos são ordenados a não se ausentarem de Jerusalém. Jerusalém, no conceito de Lucas, será o local do penúltimo evento da história da salvação antes do último evento: a volta de Cristo “6. Jerusalém é a cidade escolhida para que a antiga profecia se cumpra, e assim, o Espírito prometido venha sobre o povo escolhido. Por isso, no dia do Pentecostes, Pedro claramente entendeu que a promessa havia se cumprido. Percebemos isso por suas palavras: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne” (At 2.16-17). Sobre essa base, ele teve a coragem de proclamar à multidão que o ouvia: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.38-39). O perdão dos pecados e o dom do Espírito eram promessas divinas que haviam acabado de se cumprir naquele dia. A última expressão de Pedro de que a promessa era para todos os que “Deus chamar”, aponta para o aspecto universal da promessa do Espírito. Joel já havia dito que o derramamento seria sobre todo tipo de pessoas, incluindo jovens, velhos, homens, mulheres, servos e servas (Jl 2.29). Independente de idade, sexo, raça e classe social, o dom incluía todos os que se arrependessem e cressem7. Agora Pedro começa a alargar ainda mais a tenda, pois começa a antever a possibilidade de que outros povos sejam incluídos.
Percebemos, portanto, que desde o Antigo Testamento, sempre houve uma promessa divina de enviar o Espírito Santo a fim de iniciar uma era diferente, a Era do Espírito. O Espírito viria habitar de forma mais plena e universal o povo de Deus, que não mais seria limitado a uma nação, pois englobaria pessoas de todas as tribos, raças, línguas e nações. O momento quando aquela promessa fosse cumprida seria um momento ímpar, um momento único na história da salvação.
5 John Stott. Batismo e Plenitude do Espírito Santo, p. 17.
6 F. D. Bruner. Teologia do Espírito Santo, p. 126.
7 Ver John Stott. Batismo e Plenitude do Espírito Santo, p. 20.http://ipsantoamaro.com.br/artigos/o-espirito-santo.html]

SÍNTESE DO TÓPICO I
O Espírito Santo está presente em toda a Bíblia.


II. A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1. A divindade declarada. O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: “Ora, o SENHOR é o Espírito” (2Co 3.17 — ARA). Os nomes “Deus” e “Espírito Santo” aparecem alternadamente na Bíblia: “Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4b). Deus e o Espírito Santo aqui são uma mesma divindade. O apóstolo Paulo também emprega esse tipo de linguagem: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: “O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou” (2Sm 23.2,3). É nessa linguagem que a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. [Comentário: É difícil definir Personalidade quando é atributo de Deus. Deus não pode ser aquilatado pelos padrões humanos. Pode-se dizer que a Personalidade existe quando se encontram, em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação. O Espírito Santo possui os atributos, propriedades e qualidades de Personalidade, então se pode atribuir a esse ser, inquestionavelmente, Personalidade. O Espírito Santo pensa e sabe (1Co 2.10). O Espírito Santo pode se entristecer (Ef 4.30). O Espírito intercede por nós (Rm 8.26-27). O Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (1Co 12.7-11). O Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade. Como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que ele seria (Jo 14.16,26; 15.26). Ainda no do artigo ‘A Era do Espírito’, disponível em http://ipsantoamaro.com.br/artigos/o-espirito-santo.html, temos: “Alguns textos poderão nos dar uma breve descrição do que a Escritura considera ser a divindade do Espírito Santo. A divindade do Espírito Santo fica demonstrada pela Bíblia no fato de que ele possui atributos divinos. Ele desempenhou papel importante na criação (Gn 1.2), e desempenha na providência (Sl 104.30). Isso nos fala de sua onipotência. Também percebemos sua Onisciência, pois Isaías pergunta: “Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?”. E Paulo diz que o Espírito “a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1Co 2.10). Sua Onipresença pode ser vista no Salmo 139:7-8 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também”. O fato ainda de que o nome do Espírito Santo apareça junto com o nome do Pai e com o nome do Filho na fórmula batismal (Mt 28.19), e na bênção apostólica (2Co 13.13), demonstra a igualdade entre as três pessoas da Trindade, e nos leva a considerar a divindade do Espírito Santo. De todos, o texto que mais claramente aponta a divindade do Espírito Santo é Atos 5.3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Na conhecida história em que Ananias e Safira vendem seu campo, mas resolvem entregar apenas metade do preço, Pedro disse que eles estavam mentindo “ao Espírito Santo”, e dessa forma, não mentiram aos homens, “mas a Deus”. Se mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus, então, o Espírito Santo é Deus.
3 R. C. Sproul. O Mistério do Espírito Santo, p. 17.
4 R. C. Sproul. O Mistério do Espírito Santo, p. 19.”]

2. A divindade revelada. O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles. Isso está claro nas construções tripartidas do Novo Testamento (Mt 28.19, 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2). Em relação ao Pai, o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus (1Co 2.10,11); é igualmente chamado de “Espírito de Deus” (Gn 1.2) e de “o Espírito que provém de Deus” (1Co 2.12). Concernente ao Filho, Ele é chamado por Jesus de “outro Consolador” (Jo 14.16). O termo grego para “Consolador” aqui é parácleto, que significa “ajudador, advogado” e é aplicado ao Senhor Jesus como Advogado (1Jo 2.1). Ele é chamado de “Espírito de Jesus” (At 16.7), “Espírito de Cristo” (Rm 8.9) e ainda “Espírito de seu Filho” (Gl 4.6). [Comentário: Basílio de Cesaréia assevera: “Mas não atenuaremos a verdade, nem por temor trairemos nossa aliança. (…) O Senhor nos transmitiu como doutrina obrigatória e salvífica que o Espírito Santo está na mesma ordem que o Pai… Cientes da salvação operada pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo, abandonaríamos o modelo de salvação que recebemos? (…) Por meio do Filho que é um, ele [o Espírito Santo que é um] se religa ao Pai, que também é um, e por si completa a Trindade bem-aventurada, digna de todo louvor”. Franklin Ferreira escreve: “A divindade do Espírito é demonstrada em sua plena igualdade com o Pai e com o Filho. Veja as seguintes formulas trinitarianas: fórmula batismal (Mt 28.19), dons espirituais (1Co 12.4-6), bênção apostólica (2Co 13.13), obras na salvação (1Pe 1.2) e “fé santíssima” (Jd 20-21). Repare na ordem diferente em que as pessoas aparecem: nem sempre o Pai vem primeiro, depois, o Filho e por último, o Espírito. Isso porque não há nenhuma nível de inferioridade entre as pessoas divinas. O Pai não é mais Deus do que o Espírito. Deve-se rejeitar a prática de numerar as pessoas da Trindade, pois ainda que cada uma delas seja designada como uma, elas não se somam entre si. Se por um lado afirmamos a plena igualdade, glória e louvor na eternidade, na história da salvação, vemos que existe uma subordinação da tarefa” http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/10/trindade-e-pessoa-espirito-santo/.]

3. Obras divinas. A divindade do Espírito Santo é vista não apenas na declaração direta das Escrituras, nem somente pelo relacionamento dEle com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O Espírito Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos (1Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11). Ele é o Senhor da Igreja (At 20.28); autor do novo nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1Co 12.7-11). Assim, o Credo Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”. A confirmação bíblica dessa verdade é abundante (2Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp 3.3; 2Pe 1.21). [Comentário: O Espírito Santo é o meio pelo qual o Pai faz as seguintes obras: 1) criação e manutenção do universo (Gn 1.2; Jó 26.13; Sm 104.30); 2) divina revelação (Jo 16.12-15; Ef 3.5; 2Pd 1.21); 3) salvação (Jo 3.6; Tt 3.5; 1Pd 1.2); e 4) feitos de Jesus (Is 61.1; At 10.38). Então faz assim o Pai todas estas coisas pelo poder do Espírito Santo. Vê-se o Espírito Santo agindo na criação como o doador da vida e como aquele que qualifica os homens para suas tarefas. Ele inspirou os escritores sagrados, chama os pecadores, aplica os benefícios da salvação aos que crêem, justificando, regenerando e santificando, e edifica a igreja por meio dos meios da graça.]

SÍNTESE DO TÓPICO II
Cremos na deidade do Espírito Santo.


III. OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

1. Alguns atributos incomunicáveis. A divindade do Espírito Santo é revelada também nos seus atributos divinos. Aqui apresentamos apenas alguns, devido à exigüidade do espaço. O Espírito é onipotente (Rm 15.19) e a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1Co 12.9-11). Ele é onipresente, está em toda parte do Universo (Sl 139.7-10); e é onisciente, pois conhece todas as coisas, desde as profundezas de Deus (1Co 2.10,11), passando pelo coração humano (Ez 11.5), até alcançar as coisas futuras (Lc 2.26; Jo 16.13; 1Tm 4.1). Assim a Bíblia ensina que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14). [Comentário: O Espírito Santo: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos], Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é um ser dotado de personalidade e vontade própria. Outra prova da divindade do Espírito encontra-se nas qualidades divinas atribuídas a Ele: Eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onipotência (Lc 1.35); onisciência (1Co 2.1-11); verdade (1Jo 5.6); santidade (Lc 11.3); vida (Rm 8.2), e sabedoria (Is 40.13). No Seu próprio nome “Espírito Santo”, vemos a santidade. Somente Deus possui estas qualidades. Notemos também o poder criativo do Espírito Santo: na criação do mundo o Espírito trouxe a vida — Gn 1:2; Jó 26:13; 33:4; Sl 104:30.]

2. Alguns atributos comunicáveis. A santidade de Deus é o atributo mais solenizado nas Escrituras (Is 6.3; Ap 15.4). O termo “santo” é aplicado ao Espírito como consequência direta de sua natureza e não como resultado de uma fonte externa. Ele é santo em si mesmo; assim, não precisa ser santificado, pois é Ele quem santifica (Rm 15.16; 1Co 6.11). A bondade é outro atributo divino, por isso, Jesus disse: “Ninguém há bom senão um, que é Deus” (Mc 10.18 e passagens paralelas de Mt 19.17; Lc 18.19); no entanto, a Bíblia ensina que o Espírito Santo é bom (Ne 9.20; Sl 143.10). O Espírito é a verdade (1Jo 5.6) e sábio (Is 11.2). [Comentário: O que são atributos comunicáveis? São atributos morais, através dos quais o Espírito Santo comunica determinadas verdades ao seu povo, levando-os, a uma plena identificação com Ele - santidade, misericórdia, bondade, justiça e amor. Louis Berkhof escrevendo sobre os Atributos Morais de Deus, diz: “Os atributos morais de Deus são geralmente considerados como as perfeições divinas mais gloriosas. Não que um atributo de Deus seja em si mesmo mais perfeito e mais glorioso que outro, mas, relativamente ao homem, as perfeições morais de Deus refulgem com um esplendor todo seu. Geralmente são discutidos sob três títulos: (1) a bondade de Deus; (2) a santidade de Deus; e (3) a justiça de Deus”. Leia mais em: http://www.monergismo.com/textos/atributos_deus/moral_berkhof.htm]

3. O Espírito Santo e a Trindade. O Espírito Santo iguala-se ao Pai e ao Filho, tendo também um nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus discípulos batizassem “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho. A expressão “comunhão com o Espírito Santo” (2Co 13.13) mostra que Ele é não apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa oração e adoração. Há uma absoluta igualdade dentro da Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à outra, como se houvesse uma hierarquia na substância divina. Existe, sim, uma distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na terra (Jo 16.13,14). [Comentário: Ao discutir a doutrina da Trindade, temos que distinguir o que é tecnicamente conhecido como Trindade Ontológica e Trindade Econômica. Por Trindade Ontológica, entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda eternidade. Na sua vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os mesmos em substância, possuindo atributos e poderes idênticos e, portanto, são iguais em glória. Isto diz respeito à existência essencial de Deus. Por Trindade Econômica, significamos a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente na redenção do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos descrever, que são atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a Santificação. Encontramos nas Escrituras que o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre Deus e o Seu povo, como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de maneira que há, por assim dizer, uma divisão de tarefas, cada Pessoa tomando, voluntariamente, determinada fase da obra. Ao Pai atribui-se, em primeiro lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de certo número de indivíduos que Ele deu ao Filho. Ao filho atribui-se a obra da Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a culpa do seu pecado, para resgatá-los da morte. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos corações dos indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto renovando espiritualmente os corações, operando neles a fé e o arrependimento. E glorificando-os finalmente no céu. A redenção, pois é um assunto da graça soberana, planejada antes da fundação do mundo, apresentada na forma de um pacto ou aliança. Não é um plano departamentalizado, dispencionalizado ou repartido, mas é uma ação global que envolve toda a Pessoa da Trindade. Ela é planejada pelo Pai, comprada pelo Filho, e aplicada pelo Espírito Santo. ‘A Doutrina da Trindade’, por Prof. Isaías Lobão Pereira Júnior, disponível em: http://www.monergismo.com/textos/trindade/trindade_isaias.htm]

SÍNTESE DO TÓPICO III
O Espírito Santo possui todos os atributos da divindade.

IV. PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. As faculdades da personalidade. A personalidade do Espírito Santo está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. Há nEle elementos constitutivos da personalidade, tais como intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11) e inteligência (Rm 8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e também possui vontade (At 16.7; 1Co 12.11). As três faculdades intelecto, emoção e vontade caracterizam a personalidade. [Comentário: Muitas pessoas pensam que o Espírito Santo é uma mera força intocável, ou apenas uma misteriosa influência que ninguém define. Essa opinião está bem longe da verdade, pois o Espírito Santo é uma pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade (Jo 14.1,9,17; Mt 3.13-17). Ter personalidade implica na qualidade ou fato de ser uma pessoa. Quanto ao Espírito Santo, isto é um fato descrito na Bíblia, tanto quanto a personalidade do Pai e do Filho. As igrejas primitivas o conheciam como uma pessoa Divina, que poderia ser seguida (At 13.2), e com quem poderiam ter comunhão (2Co 13.13; 1Jo 5.7). Pode se dizer que a personalidade existe quando se encontram em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda, auto-consciência e auto-determinação. Quando um ser possui atributos, propriedades e qualidades de personalidade, então esta se pode atribuir a esse ser inquestionavelmente. Características pessoais são atribuídas ao Espírito Santo. Por características não nos referimos a mãos, pés ou olhos, pois essas coisas denotam corporeidade, mas, antes, qualidades como: conhecimento, sentimento e vontade, que indicam personalidade. Uma forma corpórea não se faz necessário para que haja personalidade. Entretanto, encontramos os três seguintes atributos numa personalidade: a.Intelecto — habilidade para pensar (Rm 8 27; I Co 2:10,11 13; 12:8). b.Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). c.Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). O Espírito Santo tem emoções. Sensibilidade — habilidade para sentir (Is 63.10, Rm 15.30; Ef. 4.30). Habitando no ‘homem interior’ (Ef 3.16), se Ele está triste, o crente será o primeiro a saber. Ele pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio Jesus sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35). O Espírito Santo tem vontade. Volição — habilidade para escolher (At 16.6-11; 1Co 12.11). Vontade é a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões. O Espírito Santo tem vontade própria. Isto está evidenciado em suas atitudes, tanto no Antigo como no Novo Testamento: a) No repartir os dons liberalmente (1Co 12.11): “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.”; b) No permitir ou impedir (At 16.7): O Espírito tem a direção da vida do crente. Todo aquele que é guiado por Ele deve estar pronto para fazer a sua vontade. Ele pode permitir, assim como impedir, aquilo que desejamos fazer; c) No convidar (Ap 22.17) Quando alguém realiza uma festa, convida a quem quer para participar. O Espírito convida o homem para aceitar Jesus, que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, Mt 11: 28, e d) No orientar (At 13.2) Quando há oração e consagração em busca da vontade de Deus, o Espírito Santo orienta. http://auxilioebd.blogspot.com.br/2011/03/licao-01-quem-e-o-espirito-santo.html]

2. Reações do Espírito Santo. Outra prova da personalidade do Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelo ser humano. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em nome do Espírito Santo (Mt 28.19). [Comentário: Ao comentário acrescento: em relação aos homens não regenerados:
    O Espírito Santo luta com eles (Gn 6.3; Mt 5.13-16);
    O Espírito Santo testifica-lhes (Jo 15.26; At 5.30-32), e
    O Espírito Santo convence-os (Jo 16.8-11) do Pecado, da Justiça e do Juízo. Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele mostra-nos que é pecado não confiar em Cristo, revela-nos a Justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão somente em pregar a palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção (At 2.4 e 37). 4.3.3 – Em relação aos crentes:
    O Espírito Santo regenera (Jo 3.3-6; Tt 3.5; Jo 6.63; 1Pd 1.23; Ef 5.25,26; 1Co 2.4 comparar com 1Co 3.6) Assim como Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, semelhantemente todo homem, para que se torne filho de Deus, precisa ser gerado pelo Espírito Santo.
    Ele batiza no Corpo de Cristo (Jo 1.32-34; 1Co 12.12-13; At 1.5) Este batismo do Espírito Santo é aquele ato que tem lugar por ocasião da conversão (Jo 3.5-7; Rm 8.9), mediante o qual a pessoa se torna membro do Corpo de Cristo (2Co 5.17; Ef 1.13-14).
    Ele habita no crente (Co 6.15-19; 3.16; Rm 8.9);
    Ele sela (Ef 1.13,14; 4.30);
    Ele proporciona segurança (Rm 8.14,16; 1Co 1.22);
    Ele fortalece (Ef 3.16);
    Ele enche o crente (Ef 5.18-20; At 4.8,31; 2.4; 6.3; 7.54-55; 9.17,20; 13.9-10,52; Lc 1.15,41,67-68; 4.1; Jo 7.38-39);
    Ele liberta, guia, orienta em segurança (At 8.27-29);
    Ele equipa para o trabalho (Ilumina,Instrui,Capacita) (1Co 2.12-14; Sl 36.9; Jo 16.13-14; 1Co 12.11; 1Tm 1.5);
    Ele produz fruto da graça cristã (Gl 5.22,23; Rm 14.17; 15.13; 5.5; Gl 2.20);
    Ele possibilita todas as formas de comunhão com Deus (Oração,Adoração e louvor, Agradecimentos) (Jd 20; Ef 6.18; Rm 8.26-27; Fp 3.3; At 2.11; Ef 5.18-20),
    Ele vivifica o corpo do crente (Rm 8.11,13).]

SÍNTESE DO TÓPICO IV
O Espírito Santo possui personalidade.

CONCLUSÃO
A frase que se refere ao Espírito Santo como “terceira Pessoa da Trindade” se deve ao fato de seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas distintas. [Comentário: A doutrina do Espírito Santo ocupa lugar central no movimento pentecostal. Muito se tem ensinado sobre o Deus Pai e o Deus Filho, mas pouco se ensina sobre o Espírito Santo. Alguns grupos heréticos afirmam que o Espírito é meramente uma força ou influência impessoal, o que não é verdade. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam tanto a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade, afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal. Um dos primeiros argumentos usados para defender esta idéia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio dele, e ele habitar em alguém? Esta é a importância do estudo do Espírito Santo, pelo o que Ele é, o que ele fez, faz e ainda fará na história da Igreja. Ele é o alicerce da vida do crente; Enquanto o mundo associa-o ao fanatismo, ele, no entanto se mantém ativo em todas as áreas da vida, sendo dela o criador. Também trabalha na providência, na política, nos talentos humanos, na salvação e no crescimento espiritual. Inspirou a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la. Sua vinda ao mundo era tão necessária à nossa salvação quanto a vinda de Cristo. Sem o Espírito Santo nossa religião é vã e não temos provas de nossa salvação (Rm. 8.9,16). É ele quem nos dá a vida física (Jó 33.4), espiritual e ressurreta (Jo 3.5; Rm 8.11), sendo Ele o autor de tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gl 5.19-22).] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Julho de 2017

PARA REFLETIR

A respeito da identidade do Espírito Santo, responda:
Quem revela o Filho?
O Espírito Santo é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3).
O que revela o relacionamento do Espírito Santo com o Pai e o Filho?
O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles.
O que o Credo Niceno-Constantinopolitano declara sobre o Espírito Santo?
O Credo Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”.
O que significa ser batizado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo?
Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho.
Quais são os três elementos constitutivos da personalidade no Espírito Santo?
Intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11), inteligência (Rm 8.27), emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e vontade.


Fonte: Lições Bíblicas adultos, 3° trimestre de 2017 – CPAD / Divulgação: